As conversas que haviam sido feitas entre deputados estaduais do Partido Socialista Brasileiro (PSB), como Oscar Bezerra, e o presidente estadual do Partido Progressista (PP), deputado federal Ezequiel Fonseca, para uma filiação dos dissidentes do PSB podem acabar não surtindo efeito.
De olho na construção de uma chapa forte para as eleições de 2018, Fonseca afirma que está construindo um time de cerca de 20 lideranças regionais somente para disputarem cadeiras na Assembleia Legislativa, poder em que a legenda não tem nenhuma representação atualmente.
Essas pessoas serão lançadas caso o sistema distrital, o chamado “distritão”, não seja aprovado pelo Congresso Nacional em tempo hábil para valer para o próximo pleito. A votação na Câmara Federal pode ocorrer ainda nesta terça-feira (22) e precisa de pelo menos 308 votos dentre os 513 deputados federais em dois turnos de votação, mas depois deve obrigatoriamente ser votada e aprovada pelo Senado para passar a valer.
Caso o distritão seja aprovado a tempo, o PP receberá as filiações dos dissidentes do PSB pois estes terão mais chances de ganhar a eleição. “Se o distritão passar, nós estamos de portas abertas para abraçar principalmente os que são deputados estaduais que vão concorrer às eleições. Se não passar o distritão e continuar como está, nós temos um trabalho já feito. Nós temos hoje no mínimo 20 lideranças pra ser candidatos estaduais. Então, nós não vamos perder todo esse trabalho que estamos fazendo há dois anos”, disse o presidente do PP à rádio Capital FM.
No início do mês, o deputado estadual Oscar Bezerra (PSB) afirmou ao Gazeta Digital que estava quase certa sua filiação ao PP, por ser o partido que lhe proporcionaria melhores condições de manter sua liderança na região de Juara, onde sua esposa, Luciane Bezerra, é prefeita.
Á época, ele afirmou que ainda iria aguardar o resultado da reforma política para não incorrer em infidelidade partidária e perder o mandato. Disse também que as conversas as tratativas com Ezequiel Fonseca ainda não haviam se concretizado por questões logísticas.
Agora, Fonseca afirmou que não seria interessante para o PP a filiação de deputados dissidentes de outra legenda no atual sistema eleitoral, alegando que seria injusto com quem já está no partido.
“Se não passar [o distritão], nós já temos um trabalho que vem sendo feito há dois anos. Então, não é justo eu pegar agora os candidatos que nós estamos preparando, a organização que nós estamos fazendo e trazer aqueles que já tem mandato pra concorrer com os meus candidatos, que já tenho compromisso com o PP”.