Policiais federais estão cumprindo mandados de buscas e apreensões na operação que é desdobramento da Ararath e investiga casos de corrupção envolvendo políticos de Mato Grosso, alguns deles delatados, recentemente, pelo ex-governador Silval Barbosa. A PF fez, há pouco, em Brasília, busca e apreensão de documentos na casa do ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP). Ainda não foi informado o que foi apreendido. A residência onde ele morava em Rondonópolis também seria alvo.
A operação também é na casa do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, e também na prefeitura. Ele aparece em vídeo recebendo dinheiro, no Palácio Paiaguás, que seria propina paga durante o governo de Silval em troca de apoio político quando era deputado estadual. Uma fonte de Só Notícias informou que houve pedido de afastamento do prefeito, mas que foi negada pelo ministro Luiz Fux.
Também há policiais na Assembleia Legislativa – alguns dos atuais deputados também foram acusados de receber propina durante o governo de Silval. Policiais federais também estão em Rondonópolis, Sinop, Sorriso, Juara, Primavera do Leste, Araputanga, Pontes e Lacerda, Tangará da Serra, Juara e São Paulo em endereços que seriam de políticos acusados por Silval. Outro algo das buscas seria um gabinete de parlamentar em Brasília.
Alguns mandados estão sendo cumpridos no Tribunal de Contas do Estado e a sessão desta manhã foi suspensa.
São 64 mandados que estão sendo cumpridos por 270 policiais e não foi confirmado se há ordens de prisões. Os mandados foram autorizados pela Justiça Federal.
Blairo é investigado por ter sido denunciado pelo ex-governador Silval Barbosa que, em delação premiada, apontou que haveria esquemas de corrupção no governo de Mato Grosso que teriam ocorrido na gestão de Blairo e continuaram no mandato de Silval, que ficou um ano e meio preso antes de fazer delação. Silval apontou que haveria compra de apoio político de deputados e pagamento de propina para comprar uma vaga no TCE – Tribunal de Contas do Estado.
Blairo negou as acusações de seu ex-aliado político. Silval havia sido seu vice-governador e depois foi eleito para o governo. Silval também acusou alguns parlamentares de Mato Grosso de tentarem convencê-lo a não fazer acordo de delação e contar o que sabe para a polícia e procuradoria.
Em instantes mais detalhes
(Atualizada às 08:44h – policiais federais em Sorriso – foto: Só Notícias/Bruno Bortolozo)