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PMDB exige cargos de Maggi e gera ciumeira nos partidos aliados

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O rateio aos cargos de primeira escalão no segundo mandato de Blairo Maggi no Governo do Estado está gerando uma onda de ciumeira entre os partidos que apoiaram a reeleição do governador e uma expectativa muito grande por parte de pessoas que sonham com o título de secretário. O PMDB que entrou na composição apenas três meses antes da eleição com um candidato a vice, o deputado estadual e presidente da Assembléia Legislativa Silval Barbosa quer pelo menos três pastas. O PFL, aliado desde 2002 não aceita ficar alijado deste rateio e também pleiteia secretárias que contam com status como fazenda, educação e saúde.

Neste semana o governador Blairo Maggi terá mais um encontro com os líderes de todos os partidos que lhe deram sustentação na disputa para o pleito eleitoral deste ano. Uma reunião que lhe dará mais algumas dores de cabeça. É que está difícil a partilha no primeiro escalão. Em entrevistas recentes, Blairo disse que dois secretários são imexíveis, Valdir Teis, na Fazenda e Agostinho Moro, na Saúde. Mas corre o risco de se ver obrigado a mudar de idéia, tal a disputa por estas pastas entre os aliados.

O PMDB já garantido além da vice-governadoria a pasta de Infra-Estrutura, uma das mais importantes do atual governo e que já teve no comando o braço direito do governador, Luiz Antônio Pagot. O novo comandante da pasta será o futuro vice-governador Silval Barbosa. Mas o partido não se contenta apenas com esta secretária. Quer também a Educação que seria destinada a Teté Bezerra, deputada federal que não concorreu à reeleição e esposa do presidente do partido, o ex-governador Carlos Bezerra, eleito deputado federal. No partido fala-se também do sonho de ter a pasta da saúde, importante para a visibilidade do partido.

A presença do PMDB no novo governo e com possibilidade de conquistar postos chaves vem provocando ciumeira em outras agremiações. O PFL, aliado de primeira hora reclama que no primeiro governo só teve uma secretaria,já no final do primeiro mandado de Maggi, que não dá nenhum status e foi obrigado a se contentar com cargos menores. Agora quer uma fatia maior. Em reuniões anteriores bateu o pé que quer uma maior participação no governo a secretaria de Saúde, justo a pasta que o governador declarou ser imexível. No partido fala-se que a Saúde seria para contemplar o médico Wallace Guimarães, eleito deputado estadual.

O PFL também briga por outros cargos importantes, mas de menos visibilidade em autarquias e no segundo escalão.

Já o PP, que também está aliado a Maggi desde sua primeira disputa ao governo, quer um espaço maior na segunda administração. Já solicitou a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Sema, hoje comandada por Marcos Machado. O titular deverá ser Chico Daltro, que perdeu a eleição para a Câmara Federal. No partido fala-se também em conseguir pelo menos mais uma secretária, a de Agricultura, outra pasta considerada fundamental dentro do governo Maggi.

O PDT também não foge a regra e vem brigando por uma fatia gorda no próximo governo. Partido que apoio Maggi na primeira administração quer vagas importantes. Uma para seu eterno presidente, o radialista Mário Márcio Torres. Outra pasta sonhada pelo partido é a de Educação, esta mais importante e visada por todos os aliados..

Os outros partidos menores também reivindicam posições destaques. Uma disputa que além de acirrada vai dar muita dor de cabeça ao governador que costuma afirmar que não delegará a ninguém a missão de escolher seus auxiliares diretos. Mas os partidos querem que o governador anuncie logo o novo secretariado, para que estes possam iniciar a transição com os atuais secretários, sem correr riscos de problemas no início da próxima gestão.

A pressa dos partidos também tem um outro motivo. O governador entra de férias na primeira quinzena de dezembro. Serão 15 dias viajando, recuperando energias para o segundo mandato. Portanto, o tempo para os partidos e para o próprio governador é curto. Definições precisam ser rápidas.

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