A bancada do PL desistiu da candidatura própria à presidência da Câmara dos Deputados e decidiu apoiar o candidato oficial, Aldo Rebelo (PC do B-SP). A decisão do PL, bancada de 45 deputados, eleva de três para quatro o número de partidos que apóiam o governista na disputa — PL, PT, PSB e PCdoB. Juntas, as legendas somam 162 votos, mas não há garantia que todos os parlamentares votem unidos.
O líder da legenda, Sandro Mabel (GO), foi chamado a conversar com o ministro Jacques Wagner (Relações Institucionais) que, por sua vez, recebeu a incumbência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de garantir o apoio do partido a Aldo.
O convencimento passou pela garantia da liberação do orçamento do Ministério dos Transportes, chefiado por Alfredo Nascimento, indicado pelo PL. “O que queremos é que o ministério do PL tenha condições de fazer bonito”, afirmou Mabel, que nega que o governo tenha oferecido outra pasta à legenda. “A nossa bancada sempre foi mal atendida. O que foi pedido é que se dê uma estabilidade”, acrescentou.
João Caldas (PL-AL) lançou sua candidatura logo que Severino Cavalcanti renunciou ao mandato, mas parte da bancada não o reconhecia como representante do partido. “Ele não é candidato do PL. O candidato que o PL queria era o Inocêncio Oliveira (PE)”, afirmou o ministro Alfredo Nascimento. A bancada chegou a cogitar a possibilidade de lançar Inocêncio, mas a operação do governo barrou a iniciativa.