domingo, 28/abril/2024
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PFL está bem próximo de confirmar apoio à reeleição de Blairo

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O PFL está a um passo de confirmar apoio ao projeto da reeleição do governador Blairo Maggi este ano. O partido praticamente oficializou sua permanência na aliança “Mato Grosso Mais Forte”, constituída em 2002, na época para a eleição do próprio Maggi ao Governo e a reeleição de Jonas Pinheiro ao Senado. “Está sendo encaminhado para isso e acho que a lei vai permitir, pois sempre achei que a melhor saída para o Estado é a coligação com o PPS” – disse o senador Pinheiro, com quem Maggi se reuniu em um almoço em Brasília. Os dois participaram das discussões sobre a crise no campo.

Os pefelistas dão como certo o fim da verticalização. Mesmo com o Supremo Tribunal Federal (STF) ameaçando julgar a medida em fase de aprovação como sendo inconstitucional. Dão como certo também que Jaime Campos será o companheiro de chapa de Maggi, disputando a vaga de Antero de Barros ao Senado, em detrimento do nome do deputado federal Pedro Henry, do PP. Tanta confiança que o próprio PFL fala em estabelecer desde já o “plano de poder”, qual seja, as eleições futuras.

“Temos que fazer uma coligação para o futuro de Mato Grosso” – reafirmou o ex-prefeito de Várzea Grande, Jaime Campos, que já foi governador do Estado e agora é presidente do PFL. Campos, em verdade, já havia mencionado essa situação quando externou pontos de insatisfação do PFL dentro da aliança e na base de sustentação do Governo. Numa reunião do partido, na sexta-feira passada, o político frisou que em 2002 não foram discutidos temas como 2004 e 2006 e que isso acabou gerando uma série de conflitos dentro da coligação eleitoral.

Jaime Campos e o PFL não querem, por exemplo, que se repita o que aconteceu em Cuiabá e Várzea Grande, na eleição municipal. Em Várzea Grande, seu grupo político teve que enfrentar o partido do governador, com a candidatura de Murilo Domingos, aliado com adversários históricos da família Campos, os Baracat. Em Cuiabá, o PFL nem chegou a levar adiante a candidatura do empresário Jorge Pires de Miranda: teve que ceder em favor do socialista de última hora Sérgio Ricardo, que acabou derrotado por Wilson Santos, do PSDB. Hoje, Santos e Ricardo praticamente firmaram uma aliança de apoio, pela qual o deputado do PPS pretende conseguir parte de votos pertencente a ala tucana.

No “plano de poder” do PFL está a definição de regras claras sobre aspectos políticos e eleitorais para 2008. Não se trata de definir nomes, segundo uma alta fonte pefelista. “O que o partido quer é uma definição clara de espaço” – frisou. “A partir daí, se estabelecerá uma estratégia que vise a disputa eleitoral nas principais cidades”. Em outras palavras, quem vai onde e com quem. Os problemas registrados em Cuiabá e Várzea Grande ocorreram em várias cidades do Estado. “Esse, aliás, é um dos problemas que precisarão ser resolvidos logo com a base pefelista”.

A linha de entendimento entabulada na conversa entre Jonas e Maggi, a rigor, na pior das hipóteses, acalma o quadro tenso que tomou conta das relações entre os pefelistas e os socialistas. Os dois lados jogaram pesado. O PFL ameaçou estabelecer uma espécie de frente anti-Maggi e “bombou” os discursos, mencionando até mesmo o PT como aliado e interessado nesse processo. Por outro, o PPS e aliados do governador não perderam tempo: Percival Muniz começou a discursar em favor da chapa pura do PPS, advogando inclusive o nome de Luís Antônio Pagot como candidato a vice. No fogo cruzado, Maggi avisou: não seria candidato em chapa pura e decidiu “apaziguar” os ânimos. Até aqui, o governador foi bem sucedido.

Maggi já conseguiu conter o PFL e sua candidatura própria, em que pese setores do partido se mostrarem interessados em açodar mais o processo. É o caso do deputado Zeca d’Ávila. “Não gosto de trabalhar com hipóteses, sou a favor de candidatura própria em todas as eleições. Para mim, partidariamente uma coligação agora não é uma boa”, assegurou o parlamentar, que, num passado não muito distante, chegou a dizer que seria o candidato a governador pelo PFL se ninguém aceitasse. Ninguém, a princípio, levou a sério o discurso de d’Ávila. E continuam não levando.

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