O governador Blairo Maggi se encontra, neste momento, em reunião, em Brasília, com a Executiva Nacional do PPS, liderada pelo presidente do partido, o senador Roberto Freire. Maggi está no encontro muito mais como ouvinte. Quer avaliar as propostas que serão apresentadas durante o encontro e a pauta central do encontro com relação a crise que vem tomando conta o governo Lula. Outro assunto que começa a ser abordado e que interessa muito ao mato-grossense é com relação a possibilidade de alianças que o PPS poderá aprovar com outros partidos a nível estadual na eleição de 2006.
Antes de entrar na sala de reunião para o encontro com a Executiva Nacional, o governador Blairo Maggi, demonstrando muita tranqüilidade disse que “hoje não é o D para a minha decisão de permanecer ou não do PPS. Mas, é claro que será o divisor de águas para uma futura posição”, esclareceu. “Serei só ouvidos no encontro. Vamos ver o que o partido decide para as próximas eleições. Tenho minhas posições, minhas convicções e não pretende, de modo algum, mudar de idéia. Vamos continuar com as alianças e fazendo o que é melhor para Mato Grosso”, esclareceu.
Mas apesar do suspense e da expectativa em torno da reunião que está acontecendo em Brasília, hoje o governador Blairo Maggi começa a definir seu futuro político para a eleição de 2006, quando sairá candidato à reeleição ao Governo do Estado. Maggi vem protelando uma posição oficial há 10 meses. O prazo para mudança de partido que termina dia 30 de setembro. Entretanto, o encontro que acontece em Brasília poderá dar a exata dimensão daquilo que o chefe do executivo mato-grossense deverá decidir quando desembarcar no Estado.
Nas lides políticas mato-grossense a expectativa em torno de uma posição rápida de Blairo Maggi é grande. PMDB, FFL, PP e PL estão com suas portas abertas, esperando que o governador deixe o PPS, que vem se mantendo intransigente com relação a uma possível aliança para o pleito do ano que vem. “Nunca escondemos que o PFL está aberto a Maggi. O receberemos de braços abertos e com muita festa. Basta apenas ele avisar que estará conosco”, chegou a comentar o ex-prefeito Jaime Campos, grande líder do partido no Estado. “O PMDB quer e apóia Maggi. Com ele na sigla teremos chapa completa e muito forte”, avaliou o presidente do partido, deputado estadual Silva Barbosa, que aguarda com ansiedade a volta do governador.
O analista político Pedro Lima, definiu muito bem a atual situação do governador mato-grossense. “Maggi não deixou de ser empresário. Ele entrou para a política, mas a política ainda não entrou nele. Não tem afinidade com nenhum partido político. Por isso não se importa com uma possível mudança. Em qualquer partido sempre será candidato natural ao governo”, disse.
Mas enquanto outros partidos aguardam a chegada de Maggi e esperam que ele muda de sigla, no PPS mato-grossense a expectativa é também grande. Aliados de primeira e que procuram fortalecer a sigla e acreditam que a manutenção da aliança Mato Grosso mais Forte é fundamental para que o PPS possa crescer ainda mais no Estado, esperam que o senador Roberto Freire, líder maior do partido e a ala mais a esquerda que defende ruptura com o governo Lula sejam mais flexíveis com relação as alianças nos Estados. “A aliança feita em 2002 foi vencedora. Estamos mudando a política no Estado. Vamos aguardar o encerramento do encontro e esperarmos que as coisas continuem como estão’, disse o presidente do Diretório Regional do partido em Mato Grosso, Roberto França.