Após ser alvo de críticas do senador Welington Fagundes (PR) e sofrer acusações de que a máquina do governo está inerte de que a “vaca foi para o brejo”, em uma referência de que a gestão estadual está perdida, o governador Pedro Taques (PSDB) rebateu o republicano em tom de ironia ao afirmar que o Estado não é “vaca para ser mamado”.
A declaração foi dada, esta manhã. “O Estado não é uma vaca, mas algumas pessoas acham que o Estado é uma vaca que pode ser mamada. Para esses que entendem que o Estado é uma vaca, que são um bezerro que não desmama nunca, podemos usar Lepecid, que era usado para matar bicheira. E tenho certeza que o senador Wellington conhece bem Lepecid, porque ele tem uma empresa que vende produtos agrícolas”.
Taques ainda criticou duramente a proposta do senador Welington Fagundes que tem insistido em seus discursos em transformar o novo Pronto Socorro de Cuiabá em um Hospital Universitário.
A obra iniciada na gestão do ex-prefeito Mauro Mendes (PSB) está pendente de conclusão e é tida como uma das prioridades do prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB) em parceria com o governo do Estado.
Na avaliação do governador, a proposta de Fagundes deve ser encarada como “enrolação” e uma clara tentativa de esconder da população a situação atual das obras do novo Hospital Universitário, paralisadas desde a gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB).
“Há 31 anos não se constrói hospital público em Cuiabá. Nós, junto com o prefeito Mauro Mendes, iniciamos a construção de um com 315 leitos. Esse hospital vai atende também o povo do interior. Agora, alguns aventureiros querem transformá-lo em hospital universitário. Isso aí é uma enrolação. Sou contra. O hospital público que estamos construindo, junto com o município de Cuiabá, tem que ser um hospital público e pronto socorro. Hospital universitário é lá na rodovia que vai para Santo Antônio de Leverger. É outro dinheiro, é outro objetivo”.
Taques ainda criticou a herança deixada pelo ex-governador Silval Barbosa em relação às obras do novo Hospital Universitário. “A administração passada fez uma lambança lá, construíram o hospital em um banhado. Só tem 11% da obra pronta. Agora, que o filho está bonito aqui no hospital que estamos construindo, todo mundo quer ser pai e mãe. Mas não vamos permitir madrasta e padrasto nesse hospital”.