Preso desde o dia 9, alvo da Operação Bônus, segunda fase da Bereré, o ex-secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, ingressou com um pedido de revogação da prisão junto ao Tribunal de Justiça para tentar reverter a decisão do desembargador José Zuquim Nogueira. A defesa negou que ele tenha cometido qualquer ato ilícito e argumentou que os fatos narrados pelo Ministério Público Estadual (MP) foram esclarecidos em depoimentos.
Os advogados de Paulo Taques consideram que a manutenção da prisão não é mais necessária, já que as buscas e apreensões relativas a investigação foram realizadas. Pontuam ainda que, o ex-secretário já cumpre medidas cautelares impostas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
De acordo com as investigações do Ministério Público, Paulo Taques seria um dos líderes da organização criminosa que teria dado continuidade, no governo Pedro Taques (PSDB), ao um suposto esquema de pagamento de propina iniciado na gestão do ex-governador Silval Barbosa.
O ex-chefe da Casa Civil teria recebido R$ 2,6 milhões da EIG Mercados para garantir a manutenção do contrato da empresa com o Departamento Estadual de Trânsito (Detran).
De acordo com a delação dos donos da EIG Mercados, José Ferreira Gonçalves Neto autorizou Valter José Kobori, que ocupava o cargo de CEO na empresa, a negociar o pagamento de propina com o “novo governo”, a fim de dar continuidade ao esquema.
Tanto Kobori, quanto Paulo Taques negam as acusações.