A Equipe Gestora do Plano Estratégico Estadual do Programa Estadual de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa 2017-2026 realizou a terceira reunião do grupo, nesta quarta-feira, na sede do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT). O grupo tem objetivo de discutir ações para a retirada da vacinação contra a febre aftosa em Mato Grosso. E desta vez, foi o momento de analisar as particularidades dos municípios mato-grossenses que fazem divisa com o Pará.
O Pará integra o Bloco II junto com Amazonas, Amapá e Roraima. O Bloco II deve realizar a última vacinação em maio de 2020, e assim que deixar de vacinar o seu rebanho, em 2020, não poderão receber animais suscetíveis vacinados de Mato Grosso e seus produtos in natura, uma vez que, Mato Grosso pertence ao Bloco V, que tem a última vacinação prevista para maio de 2021.
Em razão disso, uma reunião com a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) foi realizada no dia 03 de maio, na qual foi deliberada a atualização do cadastro das propriedades na região de divisa entre os dois estados e um estudo de trânsito, que está previsto para agosto deste ano. Esse levantamento será fundamental para o planejamento da retirada da vacinação, com o objetivo de não inviabilizar o desenvolvimento econômico na região.
São 10 municípios mato-grossenses que fazem divisa com o Pará: Alta Floresta, Apiacás, Guarantã do Norte, Matupá, Novo Mundo, Paranaíta, Peixoto de Azevedo, Santa Cruz do Xingú, Santa Terezinha e Vila Rica. Juntos eles somam um rebanho bovino estimado em 3,6 milhões de cabeças. Só no lado mato-grossense a expectativa é visitar cerca de 800 propriedades rurais.
Para a presidente do Indea, Daniella Bueno, é extremamente importante a participação de toda a cadeia produtiva nas ações para o avanço na mudança de status. “Mato Grosso tem um diferencial que é a integração entre as partes interessadas no programa. A conjugação dos esforços públicos e privados permitirá que tenhamos êxito no programa”.
Após o levantamento, o resultado desse estudo será apresentado para a Equipe Gestora Estadual e ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), para definir se os municípios mato-grossenses da divisa com o Pará que integrarão a zona de livre de febre aftosa com o Bloco II ou não.
Estiveram presentes os representantes da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Francisco Manzi e Nilton Mesquita; representando a Superintendência Federal de Agricultura em Mato Grosso (SFA-MT), Angela Vieira; representando a Associação de Criadores de Suínos do Estado de Mato Grosso (Acrismat), Igor Queiroz Silva; representando a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), Antônio Carlos Carvalho Sousa; e representando o Conselho Regional de Medicina Veterinária de Mato Grosso (CRMV-MT), Vérton Silva Marques.
Os membros que compõe o grupo gestor estadual são: Indea; Superintendência Federal de Agricultura em Mato Grosso (SFA-MT); Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat); Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato); Sindicato das Industrias de Frigoríficos de Mato Grosso (Sindifrigo); Associação de Criadores de Suínos do Estado de Mato Grosso (Acrismat); Associação dos Produtores de Leite do Mato Grosso (Aproleite), e Conselho Regional de Medicina Veterinária de Mato Grosso (CRMV-MT).
Plano Estratégico de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) prevê a retirada total da vacinação no país até 2023. Os estados foram divididos em cinco blocos pecuários para que seja feita a transição de área livre da aftosa com vacinação para sem vacinação. Integram o Bloco I, Acre e Rondônia; o Bloco II: Amazonas, Amapá, Pará e Roraima; o Bloco III: Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte; Bloco IV: Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Sergipe e Tocantins, e; Bloco V: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.