“A pavimentação da estrada vai colocar um fim ao isolamento de Santarém,” disse a prefeita da cidade Maria do Carmo Martins (PT). “Mas vai atrair muita gente.” “O plano vai ajudar a preencher um buraco negro do abandono do governo,” disse Renato Dantas, presidente da Associação Comercial de Santarém. “Vai aumentar a pressão sobre a terra, mas incentivar o turismo e o cultivo de grãos.”
Johaness Eck, coordenador de um grupo de trabalho ministerial de 21 departamentos do governo, declarou que a prioridade era aumentar a segurança pública na região de fronteira, com o envio de mais policiais e soldados.
Os benefícios econômicos são claros, afirmou o coordenador técnico da BR 163 no Ministério dos Transportes, José Maria da Cunha. Ele acrescentou que o projeto reduziria os custos de transporte em cerca de um terço.
Mas os ambientalistas estão preocupados que o governo, pressionado pelos plantadores de soja, esteja prosseguindo com o projeto antes de analisar completamente o impacto social e ambiental.
“O governo está sob pressão para ajudar a população local,” avaliou Socorro Pena, do IPAM, em Santarém. Ativistas disseram que o objetivo agora era limitar os danos. “Os ovos já estão quebrados,” lamentou Smeraldi.