O presidente do DNIT – Departamento Nacional de Infra-estrutura-, Luiz Pagot (PR), e uma das principais lideranças políticas do Estado, negou que tenha sido o articulador da saída do empresário e presidente da Fiemt, Mauro Mendes, do PR para se filiar ao PSB e ser candidato a governador. Ele elogiou Mauro e disse que não tem mais compromisso político com ele. “ No momento que Mauro sai do meu partido estou desobrigado com relação a ele. Mauro Mendes optou por uma rota independente, vai articular seu caminho para o futuro nessa rota independente, mas eu continuo com meu partido, com os candidatos do meu partido e do arco de alianças. Isso são especulações. Nós nos encontramos nas reuniões da Federação nos debates sobre economia, então, não é porque ele mudou do meu partido que foi deixar de ser amigo ou deixar de frequentar as reuniões nas quais ele está presente. E talvez seja por isso que disseram que eu estava articulando isso ou aquilo. Eu estou articulando a candidatura do Silval Barbosa, do Blairo Maggi, dos deputados estaduais e federais dentro do nosso arco de alianças”, declarou, em entrevista para A Gazeta.
Pagot que era o pré-candidato de Blairo até o início deste ano e recuou do propósito de disputar o governo, afirmou que não será candidato a nada. “Eu disse ao governador que não é possível eu fazer política no Estado e cuidar do Dnit. O Dnit é muito grande, é responsável no Brasil por grandes obras hidroviárias, portos fluviais, obras ferroviárias, todo acervo da rede ferroviária e também obras rodoviárias. Nós temos hoje mais de 1,3 mil obras em execução, quinhentas só do PAC. Então eu não tenho como cuidar de um gigante como o Dnit e fazer política no estado”, declarou.
Pagot disse ainda que boa parte das metas que traçou para obras em Mato Grosso não foi alcançada. “Eu não sei as metas dos mato-grossenses, mas as minhas metas eu não atingi. Porque eu sou muito mais exigente que os mato-grossenses. Eu estabeleci um plano de trabalho. Este ano eu precisava fechar com R$ 2,4 bilhões na praça e eu não consegui fechar por demora no processo licitatório, demora com relação à Procuradoria, com relação a projetos, com relação a processo de contratação. Então isso me deixa até angustiado. Algumas obras que precisávamos já estar executando ainda não estamos, em outras conseguimos a superação, por exemplo, a BR 158 está indo muito bem. A BR 364, que tinha previsão para fechar ano que vem de Mundo Novo até Sapezal, já vai fechar este ano, só vai ficar faltando a ponte do Papagaio. A BR-163, que eu queria fechar este ano até a fronteira do Pará, não vamos fechar este ano, só em julho do ano que vem. (São 55 km que estão sendo pavimentados entre Guarantã do Norte até a divisa na extensão de 55 km. Outros trechos são asfaltados da divisa até Santarém, onde está o porto, para escoar com maior rapidez e economia os produtos agrícolas e das indústrias madeireiras de Mato Grosso). Então, tem muita coisa que nós avançamos muito e tem outras que nós ainda estamos em processo, como a própria duplicação da BR 364 de Rondonópolis até o Posto Gil, que ainda não tem as licenças para a gente fazer a execução da obra. Então, eu considero isso até frustrante, porque meu ritmo é alucinante, viajo o Brasil todo, quero que as coisas aconteçam. Em muitos estados as obras estão acontecendo, mas aqui em Mato Grosso, talvez por problemas na própria superintendência, a superintendência não conseguiu dar a velocidade que nós precisamos. Nós temos conduzido um processo de descentralização, transferindo a responsabilidade, meios e recursos para que as superintendências atuem, mas infelizmente aqui em Mato Grosso nós temos que avançar muito para dar celeridade. Tem que ter mais dedicação, mais trabalho, porque pela primeira vez na história temos um projeto consistente com R$ 2,4 bilhões disponíveis para investimento no Estado.