A Justiça Federal, atendendo pedido da Superintendência da Polícia Federal de Mato Grosso, prorrogou por mais 30 dias o prazo para conclusão do inquérito da Operação Pacenas, deflagrada para apurar fraude em licitações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em Cuiabá e Várzea Grande, que somam mais de R$ 400 milhões em recursos para abastecimento de água e tratamento de esgoto sanitário.
Na Operação Pacenas, a PF desarticulou o esquema de fraude montado, segundo as investigações, a partir do então procurador-geral do município José Antônio Rosa e diversos empreiteiros, justamente os que ganharam as concorrências. No último dia 10 de setembro a PF, que conduz não só as investigações, como também o inquérito, solicitou a prorrogação que foi acolhida pela Justiça Federal tão logo o Ministério Público Federal concedeu parecer favorável. A partir de agora, são mais 30 dias para se concluir as investigações, encerrar o inquérito para então ser remetido ao juiz Julier Sebastião da Silva que se manifestará em julgado.
A operação foi deflagrada em 10 de agosto e levou 11 pessoas à cadeira por meio de prisões preventivas decretadas pelo juiz federal Julier Sebastião da Silva. A prisão se deu com base em escutas telefônicas que mostram ligação de empresários, servidores públicos e dirigentes do Sindicato da Construção Civil (Sinduscon) e Sindicato da Construção Pesada (Sincop). A Polícia Federal cumpriu 22 mandados de busca e apreensão nas capitais de quatro Estados, Cuiabá, São Paulo, Goiânia e Distrito Federal.