A oposição encaminhou já se adiantou nesta segunda-feira e apresentou, no Senado, mais de 30 requerimentos de convites para as pessoas citadas pelo presidente do PTB, Roberto Jefferson (RJ) venham depor na Casa, entre elas, cinco ministros.
Na lista de convidados estão os ministros: José Dirceu (Casa Civil), Antonio Palocci (Fazenda), Walfrido Mares Guia (Turismo), Aldo Rebelo (Coordenação Política) e Ciro Gomes (Integração Nacional). Também serão ouvidos 11 deputados federais e mais 14 outras autoridades.
Os convites partiram do líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM). Antes dele, o vice-líder do PFL na Casa, senador José Jorge (PE) já havia apresentado requerimento pedindo o convite para que Roberto Jefferson deponha na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).
Para Virgílio e José Jorge, a CPI dos Correios ficou “pequena” para a dimensão da gravidade das denúncias. O senador do PFL, apesar de dizer que não vê risco institucional, diz que o caso se compara às denúncias feitas por Pedro Collor contra o seu irmão, o então presidente Fernando Collor.
O líder tucano pediu uma atitude digna e dura do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele quer que o governo se explique de forma a não deixar dúvidas de que nenhum crime foi cometido.
“Quem tomou conhecimento e não denunciou, prevaricou. Isso vale para o presidente Lula e para todos os demais membros do Governo. Se o presidente Lula sabia e não fez nada é prevaricação, é crime de responsabilidade”, afirmou.
Virgílio não vê risco institucional e afirmou que ainda é cedo para se falar em impeachment do presidente Lula.
“Ainda não é o caso de impeachment. Espero sinceramente que não seja nunca. O Brasil não pode viver essa experiência sempre. Da outra vez se provou a vitalidade das instituições, mas isso não pode virar arroz de festa. Além do mais, é mais fácil o presidente se livrar dos indesejáveis dele que o Brasil se livrar dele”, afirmou.