A oposição, liderada em Mato Grosso pelo pré-candidato ao governo senador Pedro Taques (PDT), lançará novo bloco de coesão, que deverá substituir o recém reeditado Movimento Mato Grosso Muito Mais. A revelação é do senador Jayme Campos (DEM), um dos líderes políticos que se reúnem na próxima segunda-feira, em Cuiabá, com Taques em encontro ampliado, que discute a formatação de uma nova estrutura de aliança para as eleições de 2014. Juntos, o PPS, PSB, PV, além do DEM e do PSDB, esperam agregar reforço do PTB e de “outros partidos que estão em fase de entendimentos”, como fez questão de ressaltar o senador democrata.
Presidente estadual do PPS, Percival Muniz, e o responsável pelo PSDB de Mato Grosso, Nilson Leitão, está à frente da organização da estratégia. É de Muniz a tese de que o grupo de agremiações pró-Taques deve abrir diálogo urgente com siglas governistas. Para que essa ideia se concretize, será preciso primeiro convencer o presidente do PDT, Zeca Viana. É que ele já se posicionou contrário aos debates com o PMDB e o PT, como espera Muniz.
O PR está muito a cavalheiro nesse aspecto, porque faz parte das legendas que integram a base do governo, e ao mesmo tempo, tem terreno garantido junto ao bloco da oposição. Nessa amarração, avalia-se o projeto ao Senado do presidente do PR, deputado federal Wellington Fagundes. Viana é favorável a adesão dos republicanos ao bloco, desde que para apoiar a candidatura de Taques.
A proposta defendida por Muniz de ampliação dos aliados é um desafio a ser vencido. O número de pretensos candidatos ao Senado se sobressai a quantidade de vagas disponibilizadas no próximo pleito em chapa majoritária. Com Taques na liderança, só sobram duas cadeiras, sendo uma ao Senado e a de vice-governador.
O DEM já manifestou planos de reeleger Jayme; o PTB aposta no nome da ex-senadora Serys Marli para o cargo de senador e o PR, se aderir ao grupo, tem Fagundes para o posto. Até agora, não existe indicativo de interessados para a função de vice de Taques. Nos meandros da política, a acomodação pode ocorrer por outras vias, como respaldo para a disputa nas proporcionais.