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Operação Bereré: presidente da Assembleia confirma propina, cita pressão de Silval e nega ser líder do esquema

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O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, confirmou, esta tarde, em entrevista coletiva, que houve pagamento de propina através de uma das empresas (Santos Treinamento) que foi sócio e prestou serviços para o Detran. Investigado na Operação Bereré, feita ontem, com buscas, apreensões em seu gabinete na Assembleia e casa, Botelho disse que saiu da sociedade da empresa que prestou serviços para o Detran após pressão para entrarem sócios e o contrato ser mantido. Ele admitiu que houve propina, mas não citou valores. Afirmou que, em 2011, "houve pressão muito grande porque iria acabar o contrato (de prestação de serviços para o Detran) e eles queriam que passasse parte para o Silval (Barbosa, governador na época) e o Silval iria indicar o representante. Então eu sabia sim que era essa transação". "Quando nós passamos (parte da sociedade na empresa) para o Toninho (Barbosa irmão de Silval) e o filho de Wanderlei (empresário) já era propina, aí sim é propina. Aí foi o erro que teve e eu tinha que ter saído naquele momento e relutei para sair", admitiu.

"Quando começou o governo do Silval, houve uma pressão muito grande e parte desta empresa foi passada para um representante do Silval como está na delação do Toninho. É verdade isso e está no contrato social, nem tem como negar e foi repassada (parte da empresa) para o Wanderley da Trimeck e filho. Era algo de 30%. Eu comecei a me sentir mal com isso e no final de 2011 eu comecei a discutir minha saída. Em junho de 2012 sai. Eu sabia que estava errado, não estava me sentindo bem, infelizmente demorei para sair, tinha que ter saído naquele momento e foi um erro que cometi. Reconheço esse erro que vem me atormentando", afirmou.

"É descabida a acusação que em 4 anos eu lavei (dinheiro) com o Elias Santos (um dos acusados pelo MP), de R$ 60 mil. Eu iria dar R$ 2 mil ou R$ 4 mil pra ele por que se o dinheiro já estava na minha conta ?", questionou. "Já havia pago imposto de renda, não tinha sentido eu dar para alguém ir lá sacar (dinheiro) e dar para mim mesmo ! Isso não tem sentido. Aí ficou parecendo que todas as pessoas que receberam cheques meus lavaram dinheiro para mim".

"Quem leu na doação do Doia (Teodoro Lopes, ex-presidente do Detran) que ele fala de várias reuniões e em nenhuma ele cita eu. Nunca participei de reunião com Doia, nunca participei de conversas com Silval. Então não posso ser acusado de ser líder (do esquema de propina como aponta o MP) e o Doia, se falar a verdade, ele vai dizer que nunca tratou desse assunto".

Eduardo Botelho esclareceu que tem, há muito tempo, antes de entrar na política, empresas no setor de transportes e construtora. "Agora parece que tudo que tenho foi feito em cima disso (contrato na prestação de serviços para o Detran).  "Sou empresário há 30 anos. Nessa empresa fiquei menos de dois anos e foi uma mancha. E quando entrou esse pessoal  eu devia ter saído naquele momento. Eu demorei em sair e isso tá me causando transtornos".

O presidente da Assembleia admitiu que a investigação na Operação Bereré causou um 'constrangimento muito grande para mim e para minha família mas enfrequecimento (político) como presidente (da Assembleia) não. Eu vou continuar com a mesma postura que sempre tive, de transparência e tranquilidade. Isso aí não tem relação com meu mandato. Eu saí de fato da empresa em julho de 2012 e meu mandato começou em 2015".

Botelho teve mandado de prisão requerido pelo Ministério Público, assim como o deputado Mauro Savi, o ex-deputado Pedro Henry e outros investigados, mas o desembargador José Zuquim Nogueira não autorizou.

 

 

 

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