O Ministério Público Estadual passou a investigar denúncias contra o ex-presidente do legislativo Chagas Abrantes, que recursos da câmara teriam, supostamente, sido usados para custear despesas pessoais, como serviço em automóvel. A denúncia já levou o promotor Carlos Roberto Zarour César a instaurar, no último dia 25 de maio, inquérito civil para apurar o caso. O secretário municipal de Indústria e Comércio, Santinho Salerno, também fez a mesma acusação, ontem, ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), que teriam sido no valor de R$ 5 mil que estariam inseridos em repasses de verba publicitária, feitas por uma agência de publicidade em Sorriso que ganhou a licitação na câmara, para a TV onde Chagas trabalha. O dono da agência, Adilson Martins, prestou esclarecimentos ao promotor, sobre os pagamentos feitos para os prestadores de serviços.
A denúncia vem à tona depois de A Gazeta divulgar que vereadores foram gravados cobrando propina para votar a favor do prefeito Chicão Bedin (PMDB). A revelação ocorreu depois dos parlamentares reprovarem as contas do município referentes a 2009. Gerson Frâncio (PSB), o Jaburu, o que mais aparece nas imagens, diz ter sido vítima de uma armação e teria levado a conversa adiante para comprometer aliados do prefeito, o que é negado por Santinho.
Recentemente, conforme Só Notícias já informou, a justiça anulou a decisão da câmara em reprovar as contas do prefeito -que foram aprovadas no TCE- e agora voltam a tramitar nas comissões permanentes da câmara que esperam explicações para os apontamentos de falhas técnicas.
Outro lado
Procurado por Só Notícias, o vereador e ex-presidente rechaçou as acusações e afirmou que tudo não passa de uma “grande jogada eleitoral em retaliação a ele. As pesquisas apontam que meu nome é um dos que mais cresce na corrida para a prefeitura de Sorriso e eles querem me derrubar”, afirmou.
Segundo Chagas, o recurso destinado para a mídia realizar a divulgação dos trabalhos no município foi distribuído conforme o previsto. “A TV Sorriso nunca escondeu que tem contrato com a câmara, assim como diversos outros veículos de comunicação também têm”, rebateu.
