Coordenadores do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) pedem à Câmara Municipal de Várzea Grande a cassação do mandato dos vereadores Isabela Guimarães (DEM) e Wanderley Cerqueira (PR). Alegam que eles teriam contratado irregularmente funcionários, inclusive alguns fantasmas.
O pedido de cassação vai ser apresentado hoje à Câmara Municipal, quando os coordenadores vão alegar que Wanderley Cerqueira nomeou 2 servidores que trabalhavam ao mesmo tempo em outros órgãos públicos e recebiam salário de R$ 2,5 mil e R$ 510 sem trabalhar. No caso de Isabela, o MCCE afirma ter sido nomeada no gabinete da parlamentar uma pessoa que recebia salário de R$ 600 e devolvia o dinheiro a um filho dela.
O advogado Vilson Nery e o coordenador do MCCE, Antônio Cavalcante Filho, o Ceará, alegam que o Regimento Interno da Câmara de Várzea Grande, a Lei Orgânica do Município, o decreto lei 201/67 e a Lei de Improbidade Administrativa (Lei 8.429/92) preveem penalidades para esse tipo de conduta. A cassação, segundo eles, deve ocorrer somente depois de instaurada uma comissão processante que deverá investigar os fatos. O grupo espera que o recebimento da denúncia seja aprovado já na sessão plenária de hoje, que começa às 18h.
Outro lado – A vereadora Isabela Guimarães negou ontem ter cometido qualquer irregularidade. Alega que a antiga aliada citada na denúncia trabalhou por quase 1 ano no gabinete e recebeu corretamente o salário. “Não sei o motivo dessa denúncia. Acredito que seja perseguição política, mas vamos aguardar porque a verdade sempre prevalece”. Wanderley Cerqueira disse desconhecer qualquer irregularidade e garante que apenas 1 funcionário citado na denúncia trabalhou no gabinete dele. “Ele foi contratado para trabalhar pela manhã em alguns meses do ano passado e fez isso. Desconheço qualquer irregularidade”.