Ganhar competitividade no principal negócio de Mato Grosso com investimento na logística. Este é o objetivo dos deputados federais e senadores e representantes do agronegócio mato-grossense. Juntos eles mostraram ao ministro de Transportes, Alfredo Nascimento, e ao Diretor Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT), Luiz Pagot, a economia que o país faria se investisse em infraestrutura no estado. São três os projetos principais para que Mato Grosso avance nos mercados globais: a Hidrovia Teles Pires-Tapajos (ligando o Nortão de Mato Grosso ao porto em Santarém, Pará), rodovias BR-242 e BR-158 e a Ferrovia Leste-Oeste.
“São projetos de interesse do Estado, mas com alcance nacional devido à sua importância também para outros estados brasileiros. Não apenas isso, também resolveria o alto custo de transportes e as emissões de CO2 na atmosfera durante o escoamento da produção via rodovia”, afirmou o presidente da Frente Parlamentar de Logística de Transportes e Armazenagem (Frenlog), deputado federal Homero Pereira (PR).
De acordo com o parlamentar, com a Teles Pires-Tapajós, a economia apenas com o escoamento do milho anual seria de aproximadamente R$ 1 bilhão. E teria uma redução de 95% nas emissões de CO2 na atmosfera e com mais eficiência nos transportes. Os números são resultados de um estudo elaborado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola (Imea).
Alfredo Nascimento destacou que o governo federal tem interesse na Hidrovia Teles Pires-Tapajos, mas existem problemas complexos para resolver, um deles é com a Funai, que é contrário a navegação desses rios.
Estudos estão sendo elaborados para destravar trechos onde não há restrições nem ambientais nem indígenas. Homero Pereira ressaltou ainda a necessidade de construir eclusas nas hidrelétricas em construção e as existentes no Estado. Segundo ele, também é de fundamental importância para a navegabilidade dos rios mato-grossenses.
Participaram da reunião, membros da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja), Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), os senadores Serys Slhessarenko (PT), Jaime Campos (DEM), Gilberto Goellner (DEM), e o deputado Eliene Lima (PP).