O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, depõe nesta quarta-feira na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. O depoimento, que estava marcado para o próximo dia 22, foi antecipado, conforme anúncio do Ministério da Fazenda.
A idéia de antecipar o depoimento foi do senador Aloizio Mercadante (PT-SP). Segundo ele, o fim do silêncio do ministro é o único jeito de acabar com os rumores de sua saída do governo após as denúncias de irregularidades à epóca da prefeitura de Ribeirão Preto.
Palocci aceitou –com o aval de Lula– a sugestão de Mercadante por concordar com o argumento de que suas explicações públicas tornaram-se essenciais para a manutenção da estabilidade econômica, informa Josias de Souza. “É preciso antecipar e enfrentar o debate político”, disse Mercadante ao blog do Josias. “O Palocci está de acordo com isso. O mercado financeiro globalizado roda diariamente US$ 1,5 trilhão. A capacidade de desestabilização é brutal. Vários países já passaram por isso, inclusive o Brasil”, completou. (Clique aqui e veja a notícia publicada no blog).
Como havia mais de um requerimento para o ministro comparecer às comissões do Senado, ficou decidido que o depoimento será no plenário da Casa e deve começar às 15h.
Palocci viajou para descansar durante o feriado prolongado, mas retornou a Brasília na terça-feira. De sua casa, ele articulou com Mercadante e Lula a decisão de antecipar o depoimento.
Na segunda, o dólar comercial subiu 2,12% e bateu em R$ 2,21 com os rumores de uma eventual demissão do ministro. A Bovespa teve baixa de 0,96% por conta do mesmo motivo.
As CPIs dos Bingos e do Mensalão investigam denúncias de que o ministro e assessores participaram de captação ilegal de dinheiro quando estavam na Prefeitura de Ribeirão Preto.