O ministro Paulo Bernardo confirmou nesta tarde que, com o fim da CPMF, o governo vai interromper as negociações de reajuste salarial de servidores do Executivo e militares. “Não há neste momento como falar em reajuste. Primeiro é preciso recompor o Orçamento para depois falar sobre isso”, argumentou. Bernardo participou nesta tarde de reunião com o relator do Orçamento, deputado José Pimentel (PT-CE), e o presidente da Comissão Mista de Orçamento, senador José Maranhão (PMDB-PB).
Bernardo voltou a afirmar que o governo deseja preservar as obras do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Ele disse que As obras em grandes rodovias, infra-estrutura de energia elétrica e habitação popular são prioridade.
Ele também voltou a sugerir que as emendas coletivas (de bancada e de comissão) sejam cortadas, preservando as individuais. As emendas de bancada e de comissão somam R$ 12,9 bilhões, enquanto as de deputados e senadores chegam a apenas R$ 4,8 bilhões.
Já o relator do Orçamento defendeu uma análise global de todas as emendas, sem uma análise da origem. “As individuais geralmente atendem os municípios e as coletivas, os estados”, lembrou.