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Ministério Público denuncia Pedro Henry no caso mensalão mesmo sem provas

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O nome do deputado federal Pedro Henry (PP), pré-candidato ao Senado Federal, aparece na lista dos 40 pessoas denunciadas à Justiça pela Procuradoria-Geral da República por envolvimento com o “mensalão”. Os acusados vão responder por lavagem de dinheiro, evasão de divisas e corrupção. Henry foi um dos quatro parlamentares absolvidos nas investigações realizadas pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados, decisão posteriormente referendada pelo Plenário. Contra o político de Mato Grosso não foram encontradas provas do seu envolvimento no esquema, denunciado pelo ex-deputado Roberto Jefferson.

Henry entrou no “pacotão” da denúncia. Durante nove meses ele foi investigado pela Polícia Federal e também pelo próprio Ministério Público.Nesse período não foi encontrado qualquer prova de que tenha operado o suposto esquema. Henry, juntamente com o ex-presidente da Câmara, João Paulo Cunha, e os deputados Professor Luizinho, Romeu Queiroz e João Magno foram acusados de corrupção passiva e outros crimes. Também foram denunciados José Borba, Paulo Rocha e Valdemar Costa Neto, que haviam renunciaram ao mandato. Estão na lista ainda Roberto Jefferson e Pedro Corrêa, que perderam o mandato, e José Janene, que ainda não foi julgado.

Na denúncia enviada ao Supremo Tribunal Federal, o procurador-geral da república, Antonio Fernando de Souza, descreve a existência de uma organização criminosa, responsável pelo mensalão. O esquema foi dividido em três partes. O núcleo formado pelo ex-ministro José Dirceu, e pelos ex-dirigentes do PT José Genoíno, Delúbio Soares e Silvio Pereira é acusado de comprar apoio de outros partidos. Os quatro foram acusados de corrupção ativa, peculato, que é roubo praticado para o funcionário público e formação de quadrilha.

O empresário Marcos Valério, sócios dele e diretores do Banco Rural foram denunciados por comandar um esquema de publicidade para receber vantagens do governo. Valério foi enquadrado em formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção ativa.O ex-ministro Luiz Gushiken foi acusado de envolvimento no desvio de recursos de publicidade do governo. O ex-ministro Anderson Adauto foi acusado de corrupção ativa, por intermediar dinheiro do valerioduto.

Assessores de deputados, o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato e o publicitário Duda Mendonça também foram denunciados. O senador Eduardo Azeredo, do PSDB, não aparece na lista. Mas o procurador disse que o embrião do Mensalão surgiu na eleição de Azeredo ao Governo de Minas Gerais, em 1998.

O procurador afirmou ainda que os empréstimos de Marcos Valério ao PT foram fictícios e usados para pagar dívidas de partidos, comprar apoio político e enriquecer funcionários públicos.

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, relator do inquérito, disse que dificilmente o plenário do Supremo terá tempo este ano para decidir se abre ou não processo contra todos os envolvidos no Mensalão. “O Ministério Público constatou e a CPI chegou nessa mesma linha de houve um esquema. A expressão Mensalão foi a denominação que se deu a um esquema, um esquema de tráfico político e de apoio” – disse Antônio Fernando de Souza, procurador-geral da República.

A LISTA DOS DENUNCIADOS
José Dirceu
José Genoino
Delúbio Soares
Silvio Pereira
Marcos Valério de Souza
Ramon Cardoso
Cristiano de Mello Paz
Rogério Lanza
Simone Vasconcelos
Geiza Dias dos Santos
Kátia Rabello
José Roberto Salgado
Vinícius Samarane
Ayanna Tenório Tôrres de Jesus
João Paulo Cunha
Luiz Gushiken
Henrique Pizzolato
Pedro da Silva Neto
José Janene
Pedro Henry
João Cláudio Genu
Enivaldo Quadrado
Breno Fishberg
Carlos Alberto Quaglia
Valdemar Costa Neto
Jacinto Lamas
Antônio Lamas
Bispo Rodrigues
Roberto Jefferson
Emerson Eloy Palmieri
Romeu Queiroz
José Rodrigues Borba
Paulo Roberto Galvão da Rocha;
Anita Leocádia
Professor Luizinho
João Magno
Anderson Adauto
José Luiz Alvez
Duda Mendonça
Zilmar Fernandes Silveira

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