O presidente do PP – Partido Progressista, Pedro Correa Pedro Corrêa, está depondo no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados como acusado testemunha no processo instaurado contra o deputado Pedro Henry (PP-MT), no caso do mensalão. Henry foi acusado pelo ex-deputado Roberto Jefferson de pressionar o líder do PTB na Câmara, José Múcio Monteiro (PE), a participar do esquema do mensalão. No Conselho de Ética, Henry e Monteiro negaram a acusação. Corrêa responde a processo por quebra de decoro parlamentar. Ele admitiu, em depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Compra de Votos, ter recebido R$ 600 mil das contas do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza – em saques feitos por Genu – e R$ 100 mil em espécie, pagos pela diretora-financeira da empresa SMPB, Simone Vasconcelos. A SMPB pertence a Marcos Valério, apontado como operador do suposto esquema do mensalão.
Segundo Corrêa, essa quantia foi usada para pagar honorários do advogado Paulo Goiás, que defende o deputado Ronivon Santiago (PP-AC) em 36 processos judiciais no Acre. Corrêa afirmou que a negociação do pagamento foi feita com o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.
A quantia declarada pelo presidente do PP não correspondente, no entanto, àquela informada por Marcos Valério na CPMI. Segundo o empresário, Genu sacou R$ 4,1 milhões.
Começa daqui a pouco, no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, o depoimento do chefe de gabinete da liderança do partido, João Cláudio Genu, no processo do mensalão. Ele teria feito saques nas contas de Marcos Valério e feito repasses a deputados. O depoimento de Genu pode ser decisivo para inocentar ou incriminar o deputado mato-grossense Pedro Henry.