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Governador eleito quer ‘colaboração’ do agronegócio e dos servidores para equilibrar contas do Estado

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Só Notícias/Marco Stamm (foto: Só Notícias/Diego Oliveira/arquivo)

A situação fiscal de Mato Grosso e o endividamento do Estado foi um dos principais motes da campanha do governador eleito Mauro Mendes (DEM) contra o atual governador Pedro Taques (PSDB). O democrata sempre reclamou da falta de equilíbrio entre receita e despesa e criticou a pouca habilidade do atual gestor. Agora eleito e em posse das primeiras informações oficias repassadas pela equipe de transição, Mendes adota o discurso de que vai precisar tomar medidas duras, e impopulares, para colocar o Estado nos eixos. Setores como o agronegócio e o funcionalismo público podem ser afetados.

“Eu sempre disse durante a campanha que Mato Grosso está quebrado. Mato Grosso não paga os fornecedores, não paga os hospitais, não paga os municípios e paga salário atrasado. Esta é a dura realidade. Um Estado quebrado, como está, e quebrou por irresponsabilidade fiscal, ele não pode continuar agindo desta forma. Isso eu disse durante toda a campanha e nada mudou de lá pra cá”, relembrou, acrescentando que: “Se não tem dinheiro, você não pode aumentar a sua despesa. Você tem que ter, no mínimo, a responsabilidade de trabalhar para entrar mais e segurar a despesa, porque senão é um estado literalmente quebrado que não honra os seus compromissos”.

Para aumentar a receita, Mauro Mendes não esconde de ninguém que pretende taxar o agronegócio, que pode ser obrigado a comercializar de 35% a 40% dos produtos no mercado interno, gerando anualmente cerca de R$ 6 bilhões em ICMS para os cofres estaduais.  Para segurar a despesa, o governador eleito fala em enxugar a máquina pública e não descarta repensar o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) do funcionalismo estadual, valendo-se da Lei de Responsabilidade Fiscal para barrar a reposição salarial assegurada por lei.

Em ambos os casos, do agronegócio e dos servidores, Mauro Mendes apela para o senso de colaboração, dizendo que não pode ser o “salvador da pátria” e que precisa gerir Mato Grosso pensando na coletividade e não em atender segmentos específicos.

“Vou fazer o meu papel, vou falar a verdade, vou mostrar as duras realidades que têm. Agora, todo mundo tem que colaborar para sairmos do buraco, estamos atolados, estamos com grande dificuldade e cabe a todos contribuir para sairmos dela, senão, o prejuízo será muito grande e muito maior. Eu vou fazer a minha parte, mas espero que todos façam a sua”, apelou.

“Nós vamos tomar algumas decisões [sobre RGA]. A melhor possível para o Estado de Mato Grosso, para o servidor, para o cidadão. Eu estou aqui para administrar Mato Grosso olhando para todos, para o servidor, para cidadão, para o contribuinte, para o agronegócio, para o social, para as estradas, para as escolas, para a segurança, para a saúde e eu não posso olhar individualmente, ou exclusivamente, para nenhum segmento”, concluiu.

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