Com 23 prefeitos cassados, Mato Grosso ocupa a quarta colocação no ranking de cassações envolvendo gestores eleitos em 2008. A perda de mandato envolve 23 dos 141 eleitos (16,31%). O Estado está atrás apenas do Piauí, com 50 prefeitos cassados, Minas Gerais (38) e Bahia (32). A maioria é acusada de compra de votos e abuso de poder econômico na campanha passada.
O último cassado em Mato Grosso foi o prefeito Júlio Ladeia (PR), de Tangará da Serra (a 240 km de Cuiabá). Os vereadores decidiram cassá-lo, além do vice, por irregularidades na gestão da saúde pública. Em eleição indireta (pela câmara), há poucos dias, Saturnino Massom (PSDB) foi eleito prefeito.
Outro caso de muita repercussão foi a perda de mandato do prefeito de Várzea Grande, Murilo Domingos (PR). Ele foi cassado pela Justiça estadual, acusado pelo Ministério Público Estadual (MP) de cometer improbidade administrativa. Segundo a denúncia, ele teria contratado servidores temporárias para ceder à Associação Brasileira Profissionalizante, Cultural e de Preservação do Meio Ambiente (Abrassa), que utilizava os trabalhadores em tarefas de vigilância.
Dos 274 prefeitos cassados, em todo o país, representa 4,9% do número geral. Entre 2005 e 2008 (mandato anterior) o número de gestores cassados chegou a 296. A CNM aponta que 38,1% dos casos foram motivados por ações de improbidade administrativa e, em 36,9% deles, por infrações à legislação eleitoral.
A Gazeta informa que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) ainda têm recursos pendentes de julgamento os prefeitos de Matupá (Fernando Zafonato), Canarana (Walter Lopes Farias), Sinop (Juarez Alves da Costa), Poxoréo (Ronan Figueiredo Rocha), Paranatinga (Vilson Pires), Alto Paraguai (Adair José Alves Moreira) e Barão de Melgaço (Marcelo Ribeiro Alves).
Diversos deles, como Juarez e Zafonato, por exemplo, obtiveram decisões favoráveis, em instâncias superiores, e estão exercendo seus mandatos.
(Atualizada às 21:29h)