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Manobra no Congresso tenta salvar mandatos de Henry e deputados

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Há uma articulação forte nos bastidores da Câmara para salvar, pelo menos, 7 dos 16 deputados listados pelas CPIs para serem investigados. Ontem, a Corregedoria da Casa apresentou um relatório com a recomendação de abertura contra todos os congressistas, mas a votação para aprovação desse relatório foi apertada: 3 a 2. Foi um sinal.
Logo depois do encontro, vazou para a mídia que lista de aliviados defendida dentro da reunião foi de 4 congressistas. Na realidade, agora de manhã, está claro que pelo menos os seguintes 7 nomes foram mencionados como não-passíveis de cassação:

1 – João Paulo Cunha (PT-SP)
2 – José Mentor (PT-SP)
3 – Pedro Henry (PP-MT)
4 – Professor Luizinho (PT-SP)
5 – Roberto Brant (PFL-MG)
6 – Vadão Gomes (PP-SP)
7 – Vanderval dos Santos (PL-SP)

Dentro da Corregedoria, essa lista de aliviados foi defendida fortemente pelo deputado Mussa Demes (PFL-PI), um dos integrantes da comissão de sindicância que analisou o caso. Também foi a favor dessa abordagem mais camarada Odair Cunha (PT- MG).

A partir de agora, a Mesa Diretora da Câmara definirá o que fazer com relatório produzido pela Corregedoria. Essa decisão será tomada provavelmente na terça-feira, dia 11 (véspera de feriado… pode atrasar). Depois, se a Mesa (composta por 7 deputados, encabeçados por Aldo Rebelo, o presidente) aprovar o texto preparado pela Corregedoria, os casos seguem todos para o Conselho de Ética. Só então é aberto o processo de investigação contra cada um dos 13 deputados (para 3 deles já há investigação instaurada). Até lá, os acusados podem renunciar ao mandato para fugir da cassação.

É cedo para saber o que acontecerá. Mas há nos bastidores uma pressão real, muito forte, para salvação de muita gente –no mínimo os 7 aqui listados.

Só para comparar, a CPI do Orçamento terminou em janeiro de 1994 e recomendou a cassação de 18 congressistas. Desses, 8 se salvaram, 4 renunciaram e 6 foram cassados. Os casos começaram a ser analisados no início de 1994. O último só foi votado pelo plenário da Câmara em 31 de agosto daquele ano… Ou seja, vai demorar para essa crise ter o seu desfecho.

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