Por causa da liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), disse que vai suspender a representação contra os seis deputados do PT beneficiados pela medida. Com isso, o processo dos petistas João Paulo Cunha (SP), Josias Gomes (BA), Professor Luizinho (SP), Paulo Rocha (PA), José Mentor (SP) e João Magno (MG) será devolvido para a Corregedoria.
Izar informou que abrirá amanhã o processo contra sete deputados: José Borba (PMDB-PR), José Janene (PP-PR), Pedro Corrêa (PP-PE), Pedro Henry (PP-MT), Roberto Brant (PFL-MG), Vadão Gomes (PP-SP) e Wanderval Santos (PL-SP). Esses parlamentares não entraram com liminar no STF.
Divergência no PT
A liminar obtida no STF pelos parlamentares do PT suspeitos de recebimento de recursos das contas do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza causou divergência no próprio partido. O deputado Orlando Fantazzini (PT-SP) disse que a liminar é um direito dos parlamentares. Já o deputado Chico Alencar (PT-RJ) considera o ato uma interferência do Judiciário sobre o Legislativo.
Outros processos
O Conselho de Ética já abriu processo contra quatro deputados citados nos relatórios da Corregedoria e das comissões parlamentares mistas de inquérito (CPMI) dos Correios e da Compra de Votos – José Dirceu (PT-SP), Sandro Mabel (PL-GO), Romeu Queiroz (PTB-MG) e Roberto Jefferson (PTB-RJ). O parecer deste último, que recomendou a perda do mandato, será votado hoje pelo Plenário.
Outros dois parlamentares investigados pelas CPMIs e pela Corregedoria já renunciaram ao mandato – o ex-deputado Carlos Rodrigues (PL-RJ) e o presidente do PL, ex-deputado Valdemar Costa Neto.