O deputado Nilson Leitão (PSDB), líder da Minoria na Câmara dos Deputados, defendeu, ontem à noite, em entrevista a Rede Globo, no quadro “Pinga fogo”, que sejam cassados os deputados condenados no mensalão, como Pedro Henry (PP), de Mato Grosso, os petistas José Genoíno e João Paulo Cunha (SP) e Valdemar Costa Neto (PR-SP).
Leitão afirmou que a Câmara abrir processo de cassação de mandato de deputado condenado pelo STF “é chover no molhado. Automaticamente a mesa tem que tirar o mandato”, defendeu Leitão. “E preso vota que jeito ? Se ele ficar preso como ele vem voltar ?. Se ele não pode votar e faltar 40 dias já perde mandato por falta. É absurdo tendo este debate. É um desgaste para a Câmara, para o preso e o desgaste para a sociedade”, cobrou o líder da Minoria. Ele expôs outra situação em relação ao deputado José Genoíno, o primeiro que está preso e que a Câmara abrirá processo para votar sua cassação. “Vamos colocar a seguinte situação, o deputado Genoíno, ele continua deputado (não for cassado em plenário), como ele vai vir à noite na sessão se ele é um preso à noite” ?, questionou.
O deputado Amauri Teixeira (PT-BA) tem posicionamento contrário ao de Leitão e, no debate, na Globo, expôs que “A Constituição diz que quem faz a declaração da perda do mandato é a Casa a qual o parlamentar pertence”. O preso pode estar em regime semiaberto e pode trabalhar. Ela poderia vir aqui (Câmara)”, diverge o petista. “Não podemos ser casuístico. Não podemos agir em cima de uma circunstância, porque é PT – PSDB, não pode ter esta visão”, defendeu.