A Justiça Federal de Mato Grosso determinou nesta terça-feira a prisão preventiva de Freud Godoy, ex-assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e outras cinco pessoas por suposto envolvimento na negociação de um dossiê com informações contra candidatos do PSDB, investigada pela Polícia Federal, o chamado “Dossiê Vedoin”.
Também tiveram suas prisões decretadas o ex-analista de risco e mídia do comitê à reeleição de Lula Jorge Lorenzetti; o ex-secretário do Ministério do Trabalho e Emprego Oswaldo Bargas; o diretor afastado do Banco do Brasil Expedito Afonso Veloso; o advogado Gedimar Passos e o empresário Valdebram Padilha.
Apesar da determinação judicial, os mandados de prisão só não foram cumpridos porque a partir de agora e até o dia 3 de outubro. Ocorre que a lei eleitoral não permite este tipo de prisão. A restrição não vale para pessoas presas em flagrante, o que não é o caso dos seis investigados. A expectativa é de que os decretos de prisões sejam mantidos até lá.
As prisões dos envolvidos foram solicitadas à Justiça pelo procurador Mário Lúcio Avelar no início desta semana, juntamente com pedidos de quebra de sigilos bancário e telefônico dos citados. Odespacho favorável à prisão dos investigados só ocorreu na madrugada desta terça-feira, quando já estava em vigor a restrição imposta pelo calendário eleitoral.
Nesta terça-feira, a Polícia Federal instaurou inquérito para investigar a participação do empresário Abel Pereira no esquema de venda de ambulâncias superfaturadas. O Ministério Público Federal também pediu a quebra do sigilo bancário e fiscal de Abel Pereira e das empresas ligadas a ele.