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Julio não descarta compor como candidato a vice em Cuiabá em eventual chapa com MDB

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Só Notícias/Marco Stamm, de Cuiabá (foto: Thiago Bergamasco/arquivo)

O ex-governador Júlio Campos, que já ocupou quase todos os cargos políticos possíveis e que atualmente secretaria o Democratas em Mato Grosso, demonstra que está disposto e sair da “aposentadoria” e retornar à política com um cargo eletivo. Ele costuma brincar dizendo que “tenho saúde e um saldo no banco” e, também por isso, sempre é lembrado. Depois de ter seu nome cogitado para disputar o Senado na vaga que será deixada pela senadora cassada Selma Arruda (Podemos), Júlio também tem seu nome ligado à prefeitura de Cuiabá, seja para liderar chapa pelo DEM ou para compor como vice do atual prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), numa aliança pouco provável.

A possibilidade de ser o vice-prefeito de Emanuel Pinheiro foi levantada, segundo Júlio, por dois aliados do atual prefeito, o presidente estadual do PTB, Chico Galindo, e pelo presidente do MDB em Cuiabá, Francisco Faiad. Eles defendem que os Democratas se unam a Pinheiro e estariam dispostos a ceder a função de vice para Júlio, que, assim como seu irmão, o senador Jayme Campos, é simpático à composição com o MDB.

“O Chico Galindo e o Faiad lembraram de que, havendo composição, o nome preferencial para uma vice-prefeitura de Cuiabá seria o meu. São homenagens e lembranças que a gente agradece, mas é o partido que decide”, declarou Júlio.

A coligação é rechaçada pelo governador Mauro Mendes (DEM), desafeto declarado de Emanuel Pinheiro,  e pela cúpula do Palácio Paiaguás, que insiste em uma candidatura própria na capital. Nem Júlio Campos, apesar da proximidade com o atual prefeito e de reconhecê-lo como um adversário quase imbatível, discorda da posição do partido, mesmo que seja para marcar posição e voltar a ser protagonista na capital, onde a sigla sequer tem vereador.

“O problema sucessório em Cuiabá ele [governador Mauro Mendes] decidiu assumir a responsabilidade de indicar candidato e esta decisão foi acatada por todos. Nós estamos aguardando o encaminhamento que vai ser dado. Ele só pediu prazo e disse que até março definiria, dentro do partido, qual é o nome de maior viabilidade para ganhar uma eleição ou de disputar com sucesso uma eleição. Todos nós entendemos que o prefeito atual está fazendo uma gestão bastante popular, com aprovação popular e é um páreo difícil numa reeleição. Mas o partido, para consolidar, tem que disputar uma eleição”, analisou Júlio.

O ex-governador só cobra que a decisão seja tomada no mais tardar em março, sob risco de não haver tempo para emplacar um nome junto aos eleitores. Ele revelou que pelo menos cinco concorrem pela preferência de Mauro Mendes e citou os secretários de Estado Gilberto Figueiredo (Saúde), Mauro Carvalho (Casa Civil), o ex-prefeito de Cuiabá, Roberto França (estes três ainda não filiados ao partido), o atual presidente da sigla, Fábio Garcia, além do próprio nome, que segundo ele, foi lembrado.

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