A juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Santos Arruda, revogou a prisão domiciliar do empresário Allan Malouf, detido em dezembro do ano passado, durante a 3ª fase da Operação Rêmora. A magistrada acolheu os argumentos da defesa do empresário e teve sua decisão amparada, inclusive, por parecer favorável do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).
Entre os argumentos apresentados pelo advogado de Malouf, Huendel Rolim, estava o fato de que os motivos que justificavam a prisão não mais existem, como a possibilidade de atrapalhar a investigação ou dificultar a elucidação do caso. “Até o momento, o réu tem se comportado exatamente como lhe foi determinado, o que indica que não tem propensão a atrapalhar ou tumultuar o andamento dos processos. Inclusive já foi interrogado em um deles e confessou espontaneamente a autoria do delito, recentemente”, destacou a juíza no despacho.
Para Rolim, a decisão proferida por Selma, a mesma juíza que no final do ano passado decretou a prisão do empresário, reforça a confiança no Poder Judiciário. “Recebemos com satisfação e alegria esta decisão, após demonstrarmos que não há mais motivos para ele permanecer preso. Ele confessou sua participação no caso e cumpriu, como ela mesmo reconheceu, todas as suas obrigações”.
Para poder deixar sua residência, onde está desde que conseguiu a prisão domiciliar, Malouf deverá pagar uma fiança de R$ 350 mil e estará sujeito ao monitoramento por tornozeleira eletrônica. Além disso, ele fica proibido de manter contato com qualquer um dos réus nos processos decorrentes da investigação.
