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Juiz quebra sigilo de Julier e empresário em processo sobre lavagem de dinheiro e corrupção

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O ex-juiz federal Julier Sebastião da Silva e o empresário Osvaldo Alves Cabral tiveram sigilo de dados telefônicos quebrados pelo juiz da Quinta Vara Federal de Mato Grosso, Jeferson Schneider. Ambos foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva.

As investigações identificaram que o ex-magistrado cometeu crimes funcionais enquanto juiz da Primeira Vara da Justiça Federal de Mato Grosso. Consta dos autos que ele atuou em processos de interesse do empresário, que atuava como lobista de empresas na área da construção civil. Em contrapartida, Julier recebia uma mesada e tinha despesas ligadas ao seu projeto pessoal e político pagas com dinheiro vindo das empresas beneficiadas por suas decisões. As empresas também mantinham contratos com o governo do Estado.

Entre as entidades beneficiadas por intermédio de Osvaldo Cabral está a Planservi Engenharia Ltda, responsável pela consultoria e supervisão do Consórcio do VLT, por um contrato estimado em R$ 46,9 milhões. Segundo o MPF, o contrato foi firmado logo após as obras do VLT serem liberadas por uma decisão de Julier. Ele atuou poucos dias no caso em substituição ao juiz titular da causa.

O juiz titular, que nesse período estava de férias, havia atendido ao pedido liminar da ação civil pública dos Ministérios Públicos Federal e Estadual, em agosto de 2012, e suspendeu a obra por uma série de irregularidades indicadas pelos procuradores da República e promotores de Justiça. 

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