O juiz da 2ª Vara Criminal de Cuiabá, Geraldo Fidélis, deu um prazo de 24 horas para que a direção da Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May informe as condições do local em que a personal trainer Helen Christy Lesco está presa. Helen Lesco é esposa do ex-chefe da Casa Militar, Evandro Lesco, e foi presa durante a Operação Esdras, da Polícia Civil, por suposta obstrução à Justiça na investigação quanto ao esquema de escutas clandestinas no âmbito da Polícia Militar.
No ofício encaminhado à direção da unidade prisional, o juiz requisitou ainda informações sobre a alimentação servida para Helen e os horários e condições do banho de sol. Além disso, requereu informações sobre a existência de outras reeducandas nas mesmas condições de recolhimento em razão do referido grau de escolaridade.
O pedido de informações foi solicitado em razão da defesa de Helen ter requerido, na última semana, sua transferência para o Serviço de Operações Especiais (SOE) ou para alguma unidade militar do Estado a fim de resguardar sua integridade. Isto porque outras detentas fizeram denúncias de que Helen estaria tendo regalias na prisão por poder permanecer com seu mega hair no cabelo. Além disso, houve denuncias de que Helen estaria se recusando a se alimentar com a comida fornecida pelo presídio, pois faz uso de alimentação balanceada.
Além de Helen Lesco, foram presos por determinação do desembargador Orlando Perri outros sete envolvidos no esquema dos grampos ilegais, além de 15 mandados de busca e apreensão e uma condução coercitiva. Estão presos por suposta participação no esquema o ex-secretário de Justiça e Direitos Humanos, coronel Airton Benedito Siqueira Júnior, o ex-secretário de Segurança Pública, Rogers Jarbas, o sargento João Ricardo Soler e o major Michel Ferronato, ambos da Polícia Militar. Também o ex-secretário chefe da Casa Civil, Paulo Taques, e o ex-chefe da Casa Militar, Evandro Lesco.