O democrata Jayme Campos é o candidato ao Senado por Mato Grosso com o maior patrimônio apresentado à Justiça Eleitoral. Em sua declaração consta aproximadamente R$ 35 milhões em bens como um jatinho, imóveis, veículos e uma cota capital. Apesar da quantia vultuosa, a valor é R$ 32 milhões a menos do que o declarado em 2014. A maior parte da diferença esta num rebanho bovino, avaliado em R$ 28 milhões em 2014, que não aparece neste ano.
O deputado Adilton Sachetti (PRB) aparece na sequência, com R$ 5,8 milhões declarados. Tendo a arquitetura como formação acadêmica, ele disse possuir investimentos em ações e imóveis.
A lista segue com a ex-juíza Selma Arruda (PSL), com R$ 1,4 milhão em imóveis e investimentos, e com a professora Maria Lucia Neder (PCdoB), que informou patrimônio de R$ 1,3 milhão, sendo o de maior valor um imóvel de R$ 350 mil.
O deputado Nilson Leitão (PSDB) declarou possuir R$ 887 mil em imóveis e veículos, o que representa uma redução de 31% em relação aos bens apresentados em 2014.
Carlos Fávaro declarou que reduziu seu patrimônio de R$ 1,6 milhões para R$ 947 mil, sendo que R$ 804 mil correspondem a um empréstimo.
O advogado Waldir Caldas (Novo) disse possuir R$ 300 mil de patrimônio, o Procurador Mauro (Psol) declarou R$ 229 mil e Gilberto Lopes (Psol) possui R$ 185 mil em patrimônio.
Os valores apresentados pelos candidatos podem não ser os reais. A legislação permite que sejam registrados os valores venais dos imóveis avaliados na data da compra, sem a correção da valorização ao longo do tempo. A legislação também não pede uma descrição completa dos bens, por isso os candidatos fazem declarações como “outros” ou “cota de quinhão de capital”, sem mais detalhes.
De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso, nos próximos dias o TSE deve pedir que os candidatos façam uma retificação dando detalhes dos seus bens, mas cabe aos políticos a boa fé de dizer a verdade, já que os dados não serão apurados sem que haja provocação à justiça eleitoral.