O deputado Pedro Henry (PP) classificou a operação Jurupari de ter objetivos políticos e criticou o juiz federal Julier da Silva, que autorizou as prisões de 91 pessoas, a pedido da Polícia Federal e Ministério Público Federal, investigadas por crimes ambientais. Durante encontro do partido, apontou que “a judicialização no processo eleitoral é notória, pois o Julier não teve coragem de se desvencilhar do poder para disputar a eleição e agora tenta beneficiar a candidatura do Pedro Taques”, afirmou, referindo-se ao ex-procurador da República que é pré-candidato ao Senado pelo PDT.
De acordo com A Gazeta, Henry diz que frequentemente tem recebido informações de que a operação em que a PF deve deflagrar nos próximos dias na área da Educação consta o seu nome e adianta que intuito principal é prejudicar a candidatura do deputado federal Carlos Abicalil (PT) ao Senado. Henry alega que vem sendo ameaçado no sentido de que seu nome constará na lista dos envolvidos no suposto esquema. Preferiu não citar nomes e se limitou a dizer apenas que o assunto corre nos bastidores da política.
O ex-procurador Pedro Taques, pré-candidato ao Senado pelo PDT de Mato Grosso, divulgou nota, hoje, rebatendo as declarações do deputado federal Pedro Henry. “Pedro Henry não tem moral para falar do meu nome. Nós dois temos duas coisas em comum. Temos o mesmo nome e já freqüentamos muito a Justiça. Ele como réu e eu como acusador”, rebateu. “Pelo que sei, Pedro Henry é acusado pelo Supremo Tribunal Federal, de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. É acusado de estar envolvido no esquema do Mensalão, por ter recebido propina de R$ 4 milhões, e no escândalo dos Sanguesugas. A sociedade de Mato Grosso sabe disso, para mim as declarações dele não fazem sentido nenhum”, afirmou.
Taques expôs que a operação foi deflagrada em sete Estados “e pelo que consta na imprensa as investigações começaram há dois anos. Você acha mesmo que eu sou tão poderoso assim para mandar na polícia de sete Estados? Além disso, saí de Mato Grosso em 2004, desde então não participei mais das investigações neste estado”, explicou.
Pedro Taques, atuou no Ministério Público Federal durante 15 anos.