Desde o último dia 14, os servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) estão em greve por tempo indeterminado. Eles são contra a edição da Medida Provisória 366/07, que divide o órgão e cria o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, que ficará responsável pelas unidades de conservação. No Mato Grosso a paralisação é parcial. Os servidores da Gerência Executiva em Sinop aderiram, enquanto os da Gerência Regional de Alta Floresta trabalham normalmente.
Hoje, o presidente da Associação dos Servidores do Ibama (Asibama), Jonas Corrêa, fez um balanço dos efeitos da paralisação na economia, projetos do governo e para a população. “Principalmente os processos de licenciamento estão prejudicados. Parte de importação e exportação de produtos de origem florestal e da fauna também estão paralisados”.
Segundo Corrêa, é o governo que tem mais prejuízo com o não-licenciamento de projetos, enquanto o efeito da greve para a população é apenas no que diz respeito à visitação de parques nacionais.
“Isso tem que ser feito até pela segurança dos usuários, porque com a greve dos servidores não tem como dar segurança às pessoas que frequentam o parque”, acrescentou Corrêa.
Amanhã (29), Corrêa vai se reunir novamente com a Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados. “Vamos mostrar para eles as nossas argumentações de porque estamos pedindo a retirada da MP”.