O governo do Estado tenta suspender o repasse de R$ 1,3 milhão mensais à Secretaria de Saúde de Cuiabá. O valor é uma contrapartida referente aos atendimentos realizados nas unidades municipais a pacientes de todo o Mato Grosso. A justificativa para cortar a verba, que não é repassada desde agosto deste ano, é o aumento no teto do Sistema Único de Saúde (SUS) de R$ 10 para R$ 15 milhões para atendimentos de média e alta complexidade.
O Estado acredita que com o acréscimo no repasse federal, não seria mais necessária a sua contrapartida. No entanto, o teto do SUS tem como base os pacientes da Baixada Cuiabana e é insuficiente para a cobertura do Estado inteiro.
Atualmente, a verba é utilizada para o pagamento do prêmio, atrelado ao subsídio dos profissionais da área e tem sido motivo de greves no setor. Na terça-feira (13) representantes dos médicos do município se reuniram no Tribunal de Justiça para discutir um novo indicativo de greve.
Apesar de alegarem falta de condições de trabalho, a paralisação teria como pano de fundo o corte no prêmio. O valor referente ao mês de agosto foi pago pelo município, que agora negocia novamente o pagamento relativo a setembro, pleiteado pela categoria.
Contudo, o repasse é direcionado à manutenção do Hospital e Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá. Com constantes atrasos no pagamento dessas verbas, o Estado passou a repassar diretamente para os hospitais conveniados o valor referente à prestação dos serviços para a rede pública.
