Mato Grosso pagou entre os anos de 2002 e 2012, ou seja, por 10 anos, mais de R$ 8 bilhões ao Governo Federal e mesmo assim, deve outros R$ 4,5 bilhões, valores considerados abusivos pelo governador Silval Barbosa (PMDB) que, no entanto, vê que a situação se inverteu a favor do Estado graças ao seu crescimento. Mesmo assim o próximo governador, independente do nome e que assume em 2015 e terá seu mandato até 2018, vai pagar uma média de R$ 650 milhões/ano em divida para o Governo Federal, num total estimado R$ 2,7 bilhões, metade do valor desembolsado na atual administração pelo governador Silval Barbosa entre os anos de 2010 a 2013 mais a previsão de 2014 que somados chegam a R$ 4,27 bilhões.
"As considerações políticas pontuadas fazem parte do processo eleitoral que começa a se avizinhar, então os interessados apontam para ilações desnecessárias onde insinuam um superendividamento inexiste. Temos saúde financeira, lastro em nossa economia e o que é melhor invertemos o papel anterior, pois em 2012 tínhamos uma divida da ordem de R$ 6,08 bilhões e uma receita líquida de R$ 2,51 bilhões, ou seja, precisávamos de três orça- mentos anuais para quitar nossa divida" disse o governador a respeito de cobranças públicas quanto a transparência da situação financeira do Estado de Mato Grosso.
Silval foi mais longe ao frisar que "hoje, Mato Grosso com metade do seu orçamento de um ano, quita toda sua divida, o que demonstra uma evolução surpreendente", assinala, lembrando que essa situação confortável é fruto do trabalho de todos os governadores que passaram e do agronegócio que potencializa a economia estadual, mesmo 70% da produção sendo desonerada, ou seja, não incide impostos.
Silval lembrou que empréstimos foram captados para contemplar todo Mato Grosso, como o MT Integrado no valor de R$ 1,5 bilhão para interligar 44 municípios por asfalto com a Capital, além dos empréstimos relacionados a Copa do Mundo como do Veículo Leve sobre Trilhos – VLT e a Arena Multiuso Pantanal que já impactam o endividamento em 2013 que chegara R$ 5,319 bilhões para um Orçamento estimado na ordem de R$ 13 bilhões e uma receita líquida de R$ 9,8 bilhões, portanto 54% das receitas quitaram as dividas.