O secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, protocolou, no início desta tarde, no diretório do PDT da capital, a carta de desfiliação do governador Pedro Taques. O documento foi recebido pelo presidente municipal da legenda, José Augusto Curvo, que deverá fazer o encaminhamento do mesmo para o diretório estadual e nacional para os procedimentos burocráticos necessários.
A partir da comunicação à Justiça Eleitoral, o governador estará livre para entrar em qualquer outra agremiação polícia. A informação de bastidor é a de que Taques já teria escolhido sua nova legenda e ela seria o PSB, do prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes.
No entanto, Taques se mantém calado sobre qual legenda deve se filiar, aumentando as especulações. Vários membros da cúpula do PSDB fizeram convite para ter o governador em seus quadros. Além dos dois partidos, vários outros também fizeram convites. Ainda não há uma data prevista para que Taques anuncie sua nova agremiação política.
O governador nunca escondeu seu descontentamento com o PDT pela aproximação com a presidente Dilma Rousseff (PT). Quando ainda era senador, Taques sempre discordou da postura do partido e atacou o governo da petista. Durante a campanha para o governo, mesmo com o PDT apoiando a reeleição de Dilma, ele declarou apoio ao adversário dela, o senador Aécio Neves (PSDB).
O clima também azedou no diretório estadual com a briga entre Taques e o deputado estadual Zeca Viana, presidente regional. Este acusou o governo de influenciar a eleição da Mesa Diretora na Assembleia Legislativa, mesmo com a cúpula do governo dizendo que não se intrometeria. Depois deste fato, Zeca virou um assíduo crítico da atual administração estadual.