O governador Mauro Mendes (DEM) minimizou os problemas internos do Democratas, cujo presidente Fábio Garcia nomeou, na semana passada, o chefe-de gabinete do governo, Alberto Machado, o Beto Dois a Um, para presidir a sigla em Cuiabá sem, aparentemente, consultar a família Campos, que tem nos irmãos Júlio e Jayme (senador), símbolo de grandes lideranças desde quando a sigla se chamava PFL.
A medida causou desconforto no partido e apresentou uma divisão entre o grupo do governador Mauro Mendes e dos Campos. O problema só foi resolvido na última sexta-feira após reunião na capital.
O governador admitiu que houve conversas sem a participação de todas lideranças do DEM, mas disse que o assunto já foi superado com diálogo. “[Para] a nomeação, houve sim uma conversa com alguns. E se não teve com todos não tem problema, a política é a arte do diálogo, o diálogo é permanente e nunca vai contentar a todos. É por isso que se chama partido e não unido, porque vai ter sempre divergências”, argumentou.
Mendes também revelou que não pretende entrar de cabeça nas eleições municipais do ano que vem até que seja necessário. Ele citou como exemplo as estações do ano para dizer que “tudo tem o seu tempo” e que agora o foco dele é em administrar o Estado e resolver os problemas financeiros de Mato Grosso.
“Fazer política? claro, eu vou fazer política, mas ela não é a minha prioridade. Estou sempre à disposição do meu partido, mas o presidente é o Fabio [Garcia]. Eu participei das conversas sobre Cuiabá e participarei de outras em outros municípios”, concluiu.