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Governador conversa com Lula sobre a crise no agronegócio

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O governador Blairo Maggi participou hoje da manifestação dos produtores rurais, em Brasília, movimento intitulado “Tratoraço – O Alerta do Campo”, no qual os agricultores buscam chamar a atenção do Governo Federal para a crise do setor, apontada por eles com “a pior dos últimos tempos”. Às 11h (horário de Brasília), Maggi, acompanhado dos governadores de Goiás, Marconi Perillo, e do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, se reúne com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, para discutir o assunto.

O governador chegou a Brasília nesta terça-feira (28.06) à noite e participou do painel de discussão sobre a crise no campo no país, na tenda central do movimento, com a presença de agricultores de 12 Estados brasileiros. O movimento é coordenado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Em seu discurso, Blairo Maggi defendeu que os produtores rurais têm que se unir para mostrar o equívoco na condução da política econômica brasileira. Ele alertou que esse equívoco pode levar à quebra da produção agrícola e, conseqüentemente, ao desemprego nas cidades onde a agricultura é a principal base da economia.

Também foram palestrantes do painel de discussão o governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, e o deputado federal pelo Estado de Goiás, Ronaldo Caiado (PFL), que preside a Comissão de Agricultura da Câmara Federal. O governador Blairo Maggi ressaltou, no encontro com as lideranças ruralistas, que no passado os agricultores eram vistos como “desbravadores”, uma vez que eram incentivados a virem para Mato Grosso e para o Pará para abrir áreas e trazer o desenvolvimento econômico para estas regiões. “Hoje, estes mesmo desbravadores são taxados como criminosos ambientais”, criticou o governador.

Nesta quarta-feira pela manhã, o governador está reunido com produtores rurais de várias cidades de Mato Grosso no Hotel Naum, na Capital Federal. Às 10h30, Maggi segue com a comitiva de lideranças políticas mato-grossenses e produtores rurais para participar do Tratoraço. Os agricultores entrarão na Esplanada dos Ministérios com máquinas agrícolas para chamar a atenção do governo federal sobre a pauta de reivindicações.

Entre as lideranças políticas que participam da mobilização estão o presidente da Assembléia Legislativa de Mato Grosso, deputado Silval Barbosa, o senador Jonas Pinheiro e o prefeito de Rondonópolis, Moisés Sachetti; e ainda os representantes dos agropecuaristas: o presidente da Famato, Homero Pereira, e da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Jorge Pires.

CRISE – Entre os principais motivos da crise, segundo os agricultores, está o alto custo de produção frente a uma política cambial de desvalorização do dólar. “Quando a gente plantou, o dólar estava acima de R$ 3. Agora que estamos colhendo está abaixo de R$ 2,40. Com esse “descasamento” não adianta ser competente da porteira para dentro”, afirmou o coordenador nacional do Tratoraço e presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso, Homero Pereira, em entrevista à Folha de São Paulo, nesta terça-feira. Outros motivos apontados pelos agricultores que contribuíram para a crise estão o endividamento crescente, frete muito caro e falta de política agrícola de longo prazo.

A crise enfrentada pelo setor agrícola no país causou uma quebra de mais de 19 milhões de toneladas na safra das principais culturas (arroz, algodão, soja, milho e trigo) de acordo com expectativa de safra 2004/2005. “Isso representa quase R$ 10 bilhões que deixaram de entrar nos cofres nacional”, explicou o Ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, nesta terça-feira, em entrevista à Agência Brasil.

O Ministro disse ainda que o governo federal estuda um crédito de R$ 3 bilhões para que os produtores financiem suas dívidas junto as empresas privadas. Os recursos viriam do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Outra proposta em análise é a possibilidade de liberação de recursos à categoria sem a necessidade de comprovação de crédito.

De acordo com informações da Agência Brasil, o Governo Federal propõe também a dissolução da parcela das dívidas que vencem em julho nos seis últimos meses do ano. “São apenas estudos. Não há proposta formal. Estamos fazendo um esforço concentrado entre o Ministério da Agricultura e o Ministério da Fazenda para termos uma solução eficiente e o mais rápido possível”, disse o ministro.

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