quinta-feira, 25/abril/2024
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Gilney Viana defende “madeira só certificada”

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O secretário de Desenvolvimento Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Gilney Viana criticou o modelo de desenvolvimento na conferência de abertura do III Festival Ecológico Cultural das Águas do Mato Grosso, e disse que o governo precisa investir em incentivos à adoção de tecnologias limpas.
     
Viana enfatizou em sua palestra que a utopia de consumo e bem-estar da civilização industrializada disponível a todos não se realizará, dado o alto padrão de consumo de bens naturais não-renováveis, insuficientes para que todas as nações tenham o padrão de vida estadunidense, por exemplo.
     
“Não queremos dar um passo atrás nas conquistas dessa civilização industrial, seria até mesmo uma perversidade, mas tal a grandeza de consumo não é universalizante, o que nos leva a um impasse”, refletiu o secretário, “não podemos dar um passo atrás e não podemos seguir assim, como sair dessa crise?”, completou.
     
Para o secretário de Desenvolvimento Sustentável, acontecimentos como o Festival em Alta Floresta são importantes para que a sociedade perceba esse limite e as possibilidades de outra forma de relacionamento com a Natureza. Mas Viana acredita que apenas mudar o comportamento das pessoas não adianta, é necessário transformar determinados processos, e adotar cada vez mais tecnologias limpas e lucrativas. “Não é mais possível desmatar para ter uma pastagem de baixa produtividade”, exemplificou.
     
“Qual o preço que nós pagamos para ter um aumento de 10% no PIB do Mato Grosso, em termos de água, biodiversidade e patrimônio genético?” questionou, citando que a demanda do agronegócio no Mato Grosso é de 3 milhões de hectares por ano de terras agricultáveis, um dos fatores de pressão para a derrubada da floresta. Para o secretário, isso se combate com políticas públicas e incentivos fiscais.
     
“O governo tem que passar a dar dinheiro, incentivo fiscal, para quem adota tecnologias limpas” aponta. E completa “Nós não vamos mais aceitar 1,8 milhão de hectares desmatados no Mato Grosso, mas também não vamos dizer para não plantar soja e não derrubar árvore, vamos dizer ‘madeira só certificada’, e não adianta a licença do Ibama, tem que ser um processo maior”.

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