O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) não confirmou se as 15 pessoas, Janete Riva e outras 14, que estão sendo investigadas na Operação Imperador, tiveram a prisão preventiva decretada. A operação investiga o desvio de dinheiro público por meio licitações e pagamentos fraudulentos. Até o momento foi confirmada a prisão do ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Riva. Ele estava em sua residência, em Cuiabá. Os nomes dos demais investigados não foram divulgados para não prejudicar o andamento da operação.
Conforme Só Notícias já informou, a ordem judicial foi da juíza Selma de Arruda, da vara de combate ao crime organizado, na capital. A prisão é preventiva. Um dos advogados do ex-deputado já está acompanhando o caso.
Riva responde a mais de 100 processos – maioria por desvio de recursos no parlamento estadual. Recentemente, várias ações passaram para a primeira instância, pelo fato dele deixar de ser parlamentar. O ex-deputado recorreu das decisões mas não conseguiu manter os processos no tribunal. Riva já foi preso, em maio do ano passado, pela Polícia Federal, na Operação Ararath – que investiga empréstimos fraudulentos pagos com recursos do governo estadual. Ele foi preso em Cuiabá e transferido para Brasília onde ficou cerca de 4 dias, foi solto e responde processo em liberdade. Na época, Riva estava afastado da presidência por decisão da justiça. Foram ao menos 3 decisões da justiça estadual afastando-o da presidência. No final do ano, ele conseguiu recurso e reassumiu. Em 31 de janeiro, Riva concluiu mandato de deputado. Ele tentou ser candidato a governador, mas foi barrado pela justiça e lançou a esposa que concorreu com Pedro Taques (PDT) e Ludio Cabral (PT). No final do ano, Riva tentou 'emplacar' a esposa como conselheira no Tribunal de Contas do Estado mas a justiça estadual impediu.
Neste domingo, está prevista exibição de reportagem no Fantástico informando que Riva é acusado em esquema de desvio de recursos para impressão de milhares de cartilhas que não foram feitas. Um denunciante vai relatar que, dos valores autorizados para as impressões, 25% ficavam com as gráficas e "75% retornava para o presidente da Assembleia Legislativa". Na chamada da reportagem, aparece a imagem de Riva.