PUBLICIDADE

Dino toma posse no STF e vai relatar ação sobre afastamentos de deputados de MT

PUBLICIDADE
Só Notícias/Herbert de Souza (foto: Valter Campanato/Ag. Brasil)

O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino foi empossado no cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Indicado para a cadeira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dino chega ao Supremo aos 55 anos e poderá permanecer na Corte por 20 anos, até completar 75 anos, idade para aposentadoria compulsória dos membros do Supremo.

Um dos processos que Dino já assume a partir de agora foi movido pelo ex-procurador-geral da República, Augusto Aras, contra a Constituição de Mato Grosso. O ex-chefe do Ministério Público Federal (MPF) quer que o Supremo declare inconstitucional o afastamento de deputados estaduais mato-grossenses para tratar de interesses particulares por um período de 180 dias.

A ação foi movida por Aras em 2022 e tem tramitado lentamente no STF. Para o ex-procurador, a norma viola o artigo 56 da Constituição Federal, que determina a preservação do mandato de congressista somente em caso de licença por interesse particular que não ultrapasse 120 dias. O dispositivo prevê, ainda, a convocação do suplente apenas se superado esse prazo, não se limitando apenas à licença por interesse particular. Segundo ele, em razão do princípio da simetria, normas estaduais não podem tratar do tema diferentemente da Constituição Federal.

“Conclui-se, assim, que a autonomia organizativa dos estados, tal como advinda do pacto federativo, não traduz salvo-conduto para que estabeleçam as cartas estaduais o que lhes aprouver. Há limites jurídicos, constitucionalmente previstos, cuja observância é cogente”, disse Aras, na ação.

A Advocacia-Geral da União já foi provocada pelo STF para opinar sobre o tema e não concordou com os argumentos apresentados pelo ex-procurador-geral. “De fato, não se verifica vedação expressão ao poder constituinte decorrente para tratar do funcionamento do Poder Legislativo ou atribuições de parlamentares em âmbito local, e nem mesmo preceito na ordem constitucional vigente que esteja frontalmente violado pela norma impugnada”.

Dino entra na vaga aberta com a aposentadoria de Rosa Weber, que deixou o tribunal em outubro do ano passado. Ele herdará cerca de 340 processos e se tornará relator de processos sobre a atuação do governo Jair Bolsonaro durante a pandemia de covid-19 e sobre a legalidade dos indultos natalinos assinados durante a gestão do ex-presidente.

Em dezembro do ano passado, após ser indicado por Lula, Dino teve o nome aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado por 17 votos a 10. Em seguida, ele também foi aprovado pelo plenário da Casa com placar de 47 votos a 31.

Receba em seu WhatsApp informações publicadas em Só Notícias. Clique aqui. 

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Pivetta diz que recebe apoio de Bolsonaro com “muita honra” para disputar o governo

O vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos), pré-candidato a governador, afirmou,...

Sinop terá curso de medicina em faculdade particular

Foi publicada, hoje, no Diário Oficial da União a...
PUBLICIDADE