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Financiamento e lista de candidatos devem abrir votação de reforma política

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O financiamento público integral para campanhas políticas e o voto de candidatos em listas pré-ordenadas serão os dois primeiros pontos da reforma política em votação a partir de amanhã (13) no plenário da Câmara. Em reunião de líderes na manhã de hoje (12), os deputados decidiram que o debate irá começar pela manhã e será dado tempo igual para todos os líderes apresentarem a posição de suas bancadas quanto ao tema.

O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou que os primeiros pontos a serem votados são questões centrais abordadas no parecer do deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) e que tramitam na Casa há mais de quatro anos. “O financiamento público cria a condição para que os partidos que não quiserem, dependendo de como vai ser aprovado, não se submetam ao financiamento privado. Então, a proposta é que seja financiamento público exclusivo, portanto daria, em tese, condições de igualdade a todos os partidos, todos os candidatos, e na opinião geral daria a independência necessária sem nenhum tipo de suspeição que um eventual financiamento privado poderia trazer ou possa trazer a qualquer mandato”, disse.

O vice-líder do governo, Henrique Fontana (PT-RS), disse que é “consenso geral” que o sistema político do país precisa ser mudado, o que deve começar com a votação desses dois pontos. “Os dois primeiros serão votados porque são a essência, é a parte estrutural. O dinheiro privado na democracia tem sido a principal causa dos problemas de corrupção que nós temos. Queremos enfrentar o ponto principal, que é financiamento público exclusivo”, disse. A idéia, segundo Fontana, é, depois de votados os dois primeiros ítens, seguir a discussão de temas como a fidelidade partidária, o fim das coligações, a constituição das federações entre partidos, o fim da reeleição “e outros temas que cada um quiser apresentar como destaque para ser votado”.
O líder do PSDB, Antônio Carlos Pannunzio (SP), disse que a “promiscuidade” vinda do financiamento privado de campanha precisa acabar. “Vê-se agora, cada vez que um escândalo desse é denunciado, de repente um parlamentar, simplesmente porque teve um financiamento regularizado, inclusive com recibo e tudo feito por uma empresa que esteja envolvido no escândalo, já tem toda a sua vida pública destroçada apenas por isso”, disse.

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