sábado, 27/abril/2024
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Filho de Silval que foi preso é acusado de furtar ‘provas de desvios’ e tem passaporte apreendido

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A justiça confirmou, hoje, que o principal fator que motivou a prisão preventiva do médico e empresário Rodrigo da Cunha Barbosa, filho do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) no mais recente desdobramento da Operação Sodoma, que está em sua 3ª fase, é a acusação de invasão ao apartamento do ex-secretário adjunto de Administração Pedro Elias Domingos de Mello, para sumir com documentos necessários para a elucidação de crimes de corrupção. A denúncia foi feita por Pedro em depoimento na Delegacia Fazendária (Defaz), que fez acordo de delação premiada.  Ele aponta que invasão ao seu apartamento ocorreu no dia 6 deste mês, e foram furtados vários documentos que se relacionavam diretamente com os fatos em apuração pela Defaz. Rodrigo é acusado de integrar o esquema chefiado pelo pai, Silval Barbosa, que consistia na cobrança de propina de empresário que matinham contratos com governo de Mato Grosso.

Os delegados pediram a prisão preventiva de Rodrigo e a juíza Selma Rosane Santos Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, autorizou. Ele foi pego na há 3 dias e aguarda o desembargador Alberto Ferreira de Souza, apreciar pedido de liminar em habeas corpus impetrado por sua defesa.

A juíza também mandou apreender o passaporte de Rodrigo para que ele não deixe o Brasil, sem autorização judicial. “A proibição de ausentar-se do país visa possibilitar o trâmite processual rápido e eficiente, bem como almeja evitar que o representado recorra aos Países em que se suspeita que tenha ocultado o proveito dos crimes”, justificou a magistrada.

De acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) contra 17 pessoas, somente a empresa Consignum do empresário Willians Paulo Mischur, foi obrigada a pagar R$ 17,6 milhões em propina ao grupo de Silval para que não ficasse sem o contrato para gerenciamento da margem de empréstimo consignados que os servidores públicos do Estado têm direito.

Na denúncia assinada pela promotora de Justiça, Ana Cristina Bardusco, consta Rodrigo ao contrário dos demais envolvidos no esquema não exercia nenhuma função na Administração Pública. Sua tarefa “era identificar aliados e ‘fonte de receita’ para o grupo criminoso e arrecadar a parte da vantagem indevida que cabia a Silval Barbosa”.

Conforme as investigações da Delegacia Fazendária, o filho do ex-governador integrava a quadrilha atuando dentro do Secretaria Estadual de Administração, embora não ocupasse cargo público na pasta. Outros 3 membros que atuavam na SAD, segundo o MPE, eram os ex-secretários César Roberto Zílio (ex-titular da Pasta), Pedro Elias Domingos de Mello (ex-adjunto) e José de Jesus Nunes Cordeiro (coronel da PM e ex-adjunto).

O Ministério Público exemplifica que o médico recebeu propina de 85% do montante de R$ 510 mil pago pelo empresário Júlio Minori Tisuji, dono da empresa Web Tech Softwares e Serviços Ltda, que tinha contrato com o Estado.

Por todos os fatos envolvendo Rodrigo Barbosa e o colocando como membro da quadrilha chefiada pelo pai, a juíza Selma Rosane decretou a prisão preventiva e ressaltou que a medida tinha como objetivo garantir a ordem pública e a continuidade das investigações. “Assim, tenho que nenhuma das medidas cautelares substitutivas da prisão seria suficiente para assegurar, com tranquilidade, a manutenção da ordem pública, a integridade da instrução processual e a certeza da aplicação da lei penal”, destacou a magistrada pontuando que o fato de Rodrigo não possuir antecedentes criminais, possuir residência fixa e ocupação licita, por si só, não são suficientes para afastar necessidade da prisão preventiva.

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