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Fabris quer comandar votação que pode revogar prisão preventiva de Mauro Savi

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Mesmo com o imbróglio jurídico entre Assembleia Legislativa e Tribunal de Justiça quanto ao caso do deputado estadual Mauro Savi (DEM), o vice-presidente da Mesa Diretora do Parlamento, Gilmar Fabris (PSD), afirmou que pretende comandar a sessão que pode cassar o mandado de prisão preventiva contra o democrata. A iniciativa do pessedista ocorre devido a decisão do presidente Eduardo Botelho (DEM) de se declarar impedido para conduzir o trâmite, já que também é investigado nas operações Bereré e Bônus, das quais Savi foi alvo.

Segundo Fabris, os parlamentares estão dispostos a decidir pela liberdade do democrata, como ocorreu em seu próprio favor, após ser preso pela Polícia Federal, em setembro, durante a Operação Malebolge. “Ele é meu amigo e acredito que não terá apenas o meu voto, mas dos demais deputados. Já estive conversando e eles me disseram isso”.

Fabris também defendeu uma reunião com o desembargador José Zuquim, autor do mandado de prisão. A avaliação é que o próprio magistrado possa determinar a soltura, tendo em vista que Savi já prestou depoimento.

Zuquim já negou ter impedido, em sua decisão, os deputados de realizarem qualquer trâmite para analisar a prisão de Mauro Savi. De acordo com ele, ocorreu apenas uma recomendação para que “não se tomasse nenhuma providência”.

Ainda conforme o desembargador, a única determinação foi à Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) e à direção do Centro de Custódia da Capital (CCC) para se absterem de cumprir qualquer “decisão” que viesse do Legislativo. “Em momento nenhum eu proibi a Assembleia de tomar qualquer atitude que cabe a ela. A revogação [da prisão], no meu entender, caberia ao tribunal. Só caberia ao judiciário analisar qualquer situação nesse sentido”, argumentou Zuquim.

Mauro Savi está preso preventivamente desde o dia 9 de maio, quando foi deflagrada a Operação Bônus, segunda fase da Operação Bereré. Ele é acusado de ser um dos líderes do suposto esquema de pagamento de propina com recursos desviados de um contrato entre o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e a empresa EIG Mercados.

Segundo o Ministério Público Estadual, mais de R$ 30 milhões foram pagos indevidamente a agentes públicos.

As investigações apontam que Mauro Savi chegou a cobrar R$ 1 milhão dos proprietários da EIG para por fim na cobrança de propina.

O deputado nega as acusações.

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