O deputado estadual Carlos Brito (sem partido) considera que o estado de Mato Grosso não pode abrir mão da experiência do engenheiro Domingos Iglesias, exonerado da Defesa Civil. “Há ainda uma discussão sobre a manutenção ou não dele na estrutura. Eu, particularmente, defendo, acho que o governo de Mato Grosso não pode prescindir do conhecimento que detém o doutor Domingos Iglésias”, defende. Segundo Brito, Iglesias deve ser mantido como consultor já que tem 30 anos de experiência e conhece a fundo a realidade do meio ambiente mato-grossense. “Tenho mantido diálogo com o governador Blairo Maggi e ele me assegurou que a mudança é estrutural, ele deve ser consultor”, assegura.
De acordo com Brito, o que aconteceu foi a transferência da estrutura da Superintendência de Defesa Civil, da Casa Civil para a Sema (Secretaria de Estado de Maio Ambiente), com a intenção de dar mais aparato às questões da defesa civil. No novo entendimento do governo essa mudança é plausível considerando o tamanho de Mato Grosso e o aumento da população, conseqüentemente os riscos todos nos quais a defesa civil deve agir e isso é importante. “Quanto especificamente ao engenheiro Domingos Iglesias, eu acredito que a exoneração tenha se dado em razão dessa desvinculação da estrutura da Casa Civil”, disse.
Para Brito, “a essa altura do seu conhecimento, com mais de 30 anos de serviços prestados a Mato Grosso, ele (Iglesias) não está atrás de emprego, tem todo o seu laço profissional estabelecido. Eu acho que somos nós que temos que ter a preocupação de ter o acervo vivo que é Domingos Iglésias, que participou nas últimas décadas das grandes transformações de Mato Grosso, como por exemplo a construção da usina de Manso. Ela hoje é realidade, mas um dia alguém disse que era loucura. Como a questão da ferrovia que já está em solo mato-grossense e para isso lá atrás alguns foram visionários e discutiram esses projetos, e Domingos Iglesias no aspecto ambiental participou desses dois projetos e de outros projetos importantes no estado. Ele tem um conhecimento impar da realidade do rio Cuiabá e seus afluentes, da questão do Pantanal mato-gossense e senão na condição de superintendente, mas de um consultor que com o renome que ele tem, eu penso que não devemos prescindir do seu trabalho na estrutura da defesa civil”, concluiu.