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Exército deve tocar obras do PAC em Cuiabá

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Para tentar remover o caos que se instalou em dezenas de bairros de Cuiabá desde a deflagração da Operação Pacenas, há uma semana, em função da paralisação das obras financiadas pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o prefeito Wilson Santos, de Cuiabá, voltou a se reunir nesta segunda-feira com o juiz Julier Sebastião da Silva, da 1ª Vara Federal. Como saída, sugeriu que o PAC seja “tocado” emergencialmente pelo Exército Brasileiro. Para isso, vai encaminhar a solicitação ao magistrado – que interviu no programa –  pedindo a liberação de R$ 14 milhões.

A decisão do magistrado deverá acontecer entre terça e quarta-feira. No final de semana, Santos manteve diversos contatos com a corporação militar, especialmente com o 9º Batalhão de Engenharia e Construção. A idéia é fazer com que as obras interrompidas com as prisões dos empreiteiros, acusados de fraudar a licitação do PAC, sejam retomadas. Por conta da paralisação, vários bairros enfrentam problemas. Em alguns, inclusive, as ruas estão intransitáveis por causa das valetas abertas e o sofrimento com a poeira é grande.

Na reunião, segundo o advogado Ussiel Tavares, que assumirá na quarta-feira a Procuradoria Geral do Município, em lugar de José Antônio Rosa, libertado em medida de hábeas corpus nesta segunda-feira pelo Tribunal Regional Federal, Wilson Santos e Julier também trataram do decreto relacionado ao confisco dos equipamentos e máquinas das empreiteiras que estavam trabalhando no PAC. No final de semana, uma das empresas sub-empreitadas, a Elmo, teria retirado todas as máquinas da região Sul. A empresa alegou necessidade de receber o dinheiro que lhe é devido pelos trabalhos.

Ussiel também explicou ao magistrado detalhes sobre o trabalho que pretende desenvolver para regular o PAC. Ao ser convidado para o cargo, o prefeito Wilson Santos, seguindo a recomendação do próprio magistrado federal, anulou a concorrência pública dos sete lotes.Além disso, detalhou a missão que recebeu do prefeito, no sentido de se esclarecer o nível de suposto envolvimento de servidores públicos em eventuais casos de fraude em licitação, apontado nas investigações da Polícia Federal.

Na saída, o prefeito Wilson Santos manifestou que espera um esclarecimento por parte do ex-procurador José Antônio Rosa. Os dois deverão manter um encontro, em data ainda a ser definida. O prefeito também aproveitou para criticar o conteúdo das notícias publicadas no final de semana pela revista IstoÉ, na qual se apontou um possível envolvimento com  o caso. A suspeita foi levantada em função de uma conversa, grampeada pela PF, na qual José Rosa conversa com um interlocutor para marcar um encontro do prefeito com empreiteiros. “Isso não cabe sequer uma resposta” – disse, ao chamar a reportagem de revista como sendo antijornalismo  e de estar a serviço de alguém – politizando o debate.

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