O ex-secretário das gestões de Blairo Maggi (PP) e Silval Barbosa (PMDB), Jean Martins Silva e Nunes, negou qualquer participação no esquema de fraudes a processos licitatórios na Secretaria de Estado de Educação (Seduc), descoberto nas investigações da operação Rêmora. Ele foi ouvido, ontem, pelos delegados e promotores do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), responsável pela investigação, e confirmou que esteve no prédio onde o empresário Giovani Guizardi, suposto operador do esquema, mantinha uma sala comercial.
Ao Gaeco, Nunes alegou que esteve por diversas vezes no prédio, localizado no bairro Santa Rosa, mas não para se encontrar com Guizardi. Ele disse que trabalha em uma construtora, atualmente, que mantém um imóvel no prédio. Como a unidade encontra-se em reforma, ele esteve no local para acompanhar os andamentos dos trabalhos. O ex-secretário não atuou no governo na gestão de Permínio Pinto Filho, que comandava a Seduc e está preso preventivamente.
No entanto, os promotores possuem indícios de que Nunes esteve ao menos uma vez com Guizardi, em companhia do também empresário Luiz Fernando Rondon, que confirmou a cobrança de taxas de 5% para a liberação por parte da Seduc dos pagamentos às empresas. Além disso, o empreiteiro revelou que ao menos uma vez Guizardi confirmou que o ex-secretário, exonerado após a deflagração da operação, sabia do esquema.