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Ex-presidente do PT poderá depor na CPMI das Sanguessugas

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Integrantes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Sanguessugas querem que o deputado Ricardo Berzoini (SP), ex-presidente do PT, preste esclarecimentos à comissão sobre a tentativa de compra do dossiê que ligaria tucanos à “máfia das sanguessugas”. Berzoini também deve depor na Polícia Federal do Mato Grosso, segundo informou o delegado responsável pelo caso, Diógenes Curado, aos deputados que estiveram em Cuiabá (MT) nesta semana.
O deputado Júlio Delgado (PSB-MG), que esteve na capital do Mato Grosso, defende que Berzoini esclareça a origem do dinheiro apreendido pela Polícia Federal e que supostamente seria usado para comprar o dossiê. Delgado nega que o delegado Diógenes Curado tenha confirmado o envolvimento do ex-presidente do PT no caso.
Segundo reportagem publicada nesta quarta-feira pelos jornais Correio Braziliense e Estado de Minas, o delegado teria dito à comitiva de parlamentares que Berzoini “participou ativamente da negociação do dossiê”. Júlio Delgado esclarece que o nome de Berzoini não foi citado expressamente, mas que as investigações apontam para o envolvimento do ex-dirigente do PT.

Sigilo telefônico
Segundo Júlio Delgado, o delegado Diógenes teria dito ser necessário ouvir Berzoini porque, com a quebra do sigilo telefônico de Hamilton Lacerda, ex-coordenador da campanha de Aloizio Mercadante (PT) ao governo de São Paulo, houve cruzamentos de ligações com a direção do PT em Brasília e em São Paulo. Lacerda teria sido filmado em um hotel na capital paulista entregando a mala com o dinheiro para comprar o dossiê.
“Quem pode ter falado com essas pessoas do Lacerda na direção do partido aqui em Brasília e em São Paulo? Essas quebras de sigilo telefônico são fontes de investigação da Polícia Federal que temos que preservar. Com base nessas informações, é que o delegado acha necessário ouvir o deputado Berzoini”, afirmou Delgado.
Segundo o parlamentar, há “indícios fortes” de que Berzoini tinha conhecimento sobre o caso do dossiê, mas não se sabe se teria participado das negociações. O delegado Diógenes Curado teria dito aos parlamentares que a tentativa de compra do dossiê foi uma operação premeditada e que estaria em curso desde o mês de agosto.

Convocação pela CPMI
O deputado Paulo Rubem Santiago (PT-PE), um dos primeiros integrantes do partido a pedir o afastamento de Berzoini da direção da legenda, defende a convocação, pela CPMI, de todos os envolvidos com a tentativa de compra do dossiê, como Hamilton Lacerda e os petistas Gedimar Passos e Valdebran Padilha. Eles foram presos em São Paulo com R$ 1,7 milhão – dinheiro que seria destinado à compra do dossiê contra os tucanos.
“O delegado da Polícia Federal confirmou que pretende convidar o deputado Ricardo Berzoini para prestar esclarecimento. Isso é fundamental para que essa operação não passe como se algo tivesse sido criado sem qualquer repercussão, sem qualquer conseqüência para a política brasileira”, disse Santiago.

Reunião administrativa
Na próxima terça-feira (17), a CPMI tentará, mais uma vez, realizar reunião administrativa. Nas duas últimas reuniões, não houve votação por falta de quorum. Entre os mais de 200 requerimentos na pauta da comissão, há pedidos de convocação de Valdebran Padilha e Gedimar Passos.
Também há requerimentos para ouvir Osvaldo Bargas e Jorge Lorenzetti, que trabalhavam na campanha de Lula; além de Hamilton Lacerda. Ainda não foi apresentado, no entanto, requerimento de convocação do deputado Ricardo Berzoini.

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